Obama: O discurso de vitória
05.11.2008 - 20h24
Boa noite, Chicago. Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.Esta vitória é vossa.E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.Sim, podemos.América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América
4 comentários:
E que rica PEREIRA neste POMAR..
continuo a pensar..
Este ano temos "peras" mais cedo...
Esqueci-me da PRENDA PARA ESTE MINISTRO...MAS AINDA ESTOU A TEMPO...
NÃO CHEGOU O BALTAZAR..
Saudações de esquerda
Olharatento+militante de esquerda
Ferro Rodrigues (1)
Eu, durante toda a minha vida, gostei sempre de confrontos e debates de ideias acalorados, entre o Alfa e o Ómega, porque ai se encontra a nossa verdadeira “força”, uma, senão a maior, das “essências” mais virtuosas da existência humana, sempre na procura da possível e genuína razão.
Pois, finalmente haverá síntese.
Mas, o que de facto mais me apraz em termos de vida diária, são as refeições…pratos frios
Aprecio-os mesmos, pela diversidade, pelo gosto do Chefe na apresentação da ementa, pelos condimentos, pelos acepipes e pelo gosto de me servir e não ser servido.
Outros pratos frios que gosto, venham eles da forma que vierem, são estes, que o Dr. Ferro Rodrigues acaba de nos apresentar em forma de entrevista à Visão.
Não que eu seja um sádico, bem pelo contrário, mas pelo simples facto de atingir os alvos certos, no momento mais delicado do PS, internamente e no Governo, depois da euforia destes 6 meses, da mensagem de Natal do 1º ministro, e depois da mensagem de Ano Novo do PR e porque à maldade, (para ser delicado) eu respondo sempre com um acervo de adjectivos, que aqui não vou proferir, ficando-me só com a “total indignação”.
Não temo, tenho a certeza, que esta “refeição” é ainda a primeira “ronda” no self-service…
Não vou entrar em muitos detalhes sobre um tema em concreto da entrevista, pela delicadeza da questão e porque é assunto que deve ser considerado como quem pega na mais fina peça de cristal ou como quem pega e manuseia um livro raro…ou seja com luvas.
Eu dediquei uma prenda a Vieira da Silva no Natal…”o regresso de Ferro Rodrigues”…e ele regressou.
Eu penso que todos já terão tido acesso à entrevista.
E todos terão já feito os juízos necessários, principalmente, quanto ao seu conteúdo e por ela, entram em cena, o PS e o Governo…como se um não fizesse parte do outro. O Partido e o Institucional…líricos.
Ferro Rodrigues é contundente que baste, mesmo quando continua, sublimemente e com muita dignidade de HOMEM a não por em causa a AMIZADE, sem esquecer que acima desta “amizade” estão os valores de um PS e de ESQUERDA. Dói muito esta, para Sampaio e para o PS.
Visão - «a sua ultima intervenção politica foi o discurso de despedida da liderança do PS, em Julho de 2004, na célebre noite em que Sampaio decidiu convidar Santana Lopes para primeiro-ministro. Voltava a fazer as coisas da mesma forma?»
Ferro Rodrigues - « Voltava. Estava preparado para uma vitória eleitoral. Não aceitei a resolução da crise como foi decidida pelo PR. Mas, aproveitando esta deixa, continuo a considerar Jorge Sampaio como amigo. Passamos demasiadas coisas juntos E MUITO MAIS IMPORTANTES DO QUE AQUELA NOITE. É um amigo que já não encontro há alguns anos… (SORRISO) …
Visão - «Ainda não lhe disse isso, pessoalmente?»
Ferro Rodrigues - «NÃO SE FAZEM DECLARAÇÕES DESSAS. Se calhar é o que vai acontecer com esta entrevista, mas não estava previsto. ESTOU A DIZER O QUE SINTO. Passei com Jorge Sampaio os momentos mais importantes da minha vida politica E DA VIDA POLITICA DELE. Não se esquece, por muita que seja a mágoa causada por uma situação. MÁGOA POLITICA, NÃO PESSOAL»
Analisa depois que a atitude de Jorge Sampaio por inesperada, e porque do seu ponto de vista estava em causa o INTERESSE NACIONAL, DA ESQUERDA E DO PS.
Digo eu: o que teria então mudado, subitamente, em Jorge Sampaio?
A Amizade, poderia para ele, tipo Inglês, ser relativa, MAS OS IDEAIS DE ESQUERDA, OS INTERRESES NACIONAIS E O PS?
Jorge Sampaio, serviu…um requintado chá das 5 a Ferro Rodrigues e marimbou-se para os interesses Nacionais e para o PS. O resto é feio e não digo.
O resto veio de dentro do PS e não digo.
Não me venham com tretas…FOI ASSASSINATO POLITICO E MORAL.
Mesmo assim, este grande HOMEM, tem no escritório dele em Paris, a fotografia do actual PR e ainda a Foto de Jorge Sampaio.
GRANDE HOMEM ESTE SENHOR, PARA VERGONHA DE MUITOS.
Em especial para aqueles que dentro do PS e do Governo vieram hoje dar uma triste imagem.
Eles sabem que teriam que fazer isto….eles, estavam lá dentro.
São cinco páginas de entrevista com muita eloquência e superior dignidade e não posso fazer uma, embora modesta contribuição, só com estas palavras.
Vou continuar pela noite dentro.
Nem que não me deite, mas tenho que desmentir esses Senhores quanto à subversão do conteúdo deste importante depoimento.
Mas vou terminar todos com estas meditações:
« O dia da partida será o dia do reencontro?
E dir-se-á que a minha noite foi, na verdade, a minha aurora?»
Será Dr. Ferro Rodrigues, pode ter a certeza disso.
Eu tenho um sonho?
Bem hajas, Luther King, a minha libertação também há-de chegar.
Saudações
Olhar atento*
SEMPRE MILITANTE DE ESQUERDA
Ferro Rodrigues (2)
Na sequencia de Jorge Sampaio…
Ao “perdoa, mas não esquece? questionado pela Visão Ferro Rodrigues, dá a necessária resposta já imortalizada…Não…Ninguém se esquece nunca de nada. Dizendo ainda que não há nenhum perdão…
Digo eu, vejam sobre o “perdão” com que magnitude explica:
PORQUE ISSO ENVOLVE SUPERIORIDADE E INFERIORIDADE.
Digo eu: “a humildade superlativa que sempre teve, mas com uma luva branca, mais fria do que a neve (se é possível.).
Mas não nos esqueçamos que a neve também queima.
E esta aquece mesmo o coração.
Passa pela análise à eventual candidatura dele “Câmara de Lisboa” declarando que não faria sentido tendo-se demitido da liderança do PS, salvo o apoio UNANIME DO PS, que não sentiu, e que a OPOSIÇÃO veio DAQUELES QUE ACHAVAM, E TINHAM TRABALHADO PARA ISSO, que a candidatura de Manuel Carrilho ERA VENCEDORA.(maravilha de sondagens...)
DEPOIS DE SER SECRETÁRIO GERAL, NUNCA DIVIDIRIA O PS.
Digo eu – sempre os superiores interesses do PS e ele como um PS DE ESQUERDA, nunca deixaria de fazer uma coligação à esquerda, que só inúteis não quiseram perceber.
Depois foi o desastre que já sabemos, com Carrilho a fazer o que fez como Vereador a dar uma de inspiração a Assis no Porto, com Santana a agarrar-se ao seu sonho de 1º ministro, por sucessão, amparado por Jorge Sampaio….a confusão, com Jorge Sampaio a aperceber-se do verdadeiro PANTANO e autentica derrapagem do Pais para o abismo…Santana Lopes, qual “calimero”…o ZÉ, que já sofria, à espera de respostas…e aí estão AS ELEIÇÕES Marcadas por Jorge Sampaio, que Ferro Rodrigues tanto reclamava…
Mas, Ferro Rodrigues já não podia candidatar-se, o PS DE ESQUERDA, não podia candidatar-se.
Mas, não foi só por isto não…o resto da história vai contá-la Ferro Rodrigues. E que história…
Essa oposição interna, (hoje com alguns rostos a falar…) tem que ser DESMASCARADA…E RÁPIDO.
Mas outros, (tão solidários ?????????) que não falam, andam muito envergonhados…
Mas vão tratando da flexibilidade….já lá vou …já lá vou..
Está percebido, ou não está?
Visão - «Quem são os seus Amigos políticos?»
Ferro Rodrigues - «EU TENHO AMIGOS …(RISOS)…
Digo eu – pois é Dr. Ferro Rodrigues…Amigos como o Senhor quer, já não há…(ou melhor, são muito poucos…)
A AMIZADE E SOLIDARIEDADE “À PS”…DESAPARECEU…HOJE OS “AMIGOS” PERTENCEM A UM CLUBE SELECTIVO…mas não aceito a expressão que passa pela NET “ SOCRATINO CLUB”.
Acho mesmo de muito mau gosto…
Continua Ferro Rodrigues - «A expressão « AMIGOS POLITICOS» é uma expressão que não produziu bons resultados, sobretudo na esquerda francesa (RISOS)..
Digo eu - pois não, Dr. Ferro Rodrigues e quem por lá passou percebe bem essa sua explicação!!!.
CASA PIA…
Faz a Visão a análise, que os anos em que Ferro Rodrigues liderou o PS, foram marcados pelo processo Casa Pia, referindo ainda que Ferro Rodrigues sempre disse e que voltou a reafirmar agora em julgamento, que as suspeitas a si próprio e a Paulo Pedroso eram um ataque à liderança do PS.
Ao porquê?
Para além de referir que sempre esteve disponível como deputado prescindindo da possibilidade de depor por escrito… (digo eu…boa piada para muitos…) era a oportunidade de no local próprio, o “julgamento”, falar sobre o assunto.
Dois indivíduos que não conheço, HÁ CINCO ANOS… (digo eu…então estamos a falar já de 2002…certo?) caluniaram-me na praça pública e mais recentemente em Tribunal.
Saliento somente neste capítulo o facto de Ferro Rodrigues lamentar que a Justiça não tenha apurado AS RAZÕES E AS MOTIVAÇÕES DESSES INDIVIDUOS, PORQUE MENTIRAM E FORAM "ELEMENTOS ACTIVOS", mais do que o assassinato político, de assassínio de "carácter e cívico" e ainda os factos do arquivamento do processo que interpôs, reagindo muito mal a esta situação e que tem todas as hipóteses em aberto para levar uma queixa por DENEGAÇÃO da Justiça, nas instâncias internacionais pois é MUITO IMPORTANTE PROVAR QUE PORTUGAL NÃO É UM PAIS DE PEDOFILOS IMPUNES NEM UM PARAISO DE CALUNIADORES…
Digo eu – FORÇA DR. FERRO RODRGUES…QUE NÃO LHE FALTEM AS PALAVRAS…
Mas, como estamos a falar de factos em situação de INQUÉRITO EM 2002…lembram-se…..percebe-se….o INEVITÁVEL chá das 5…Os risos aos amigos… (alguns… claro) …e o “agora ou nunca”…
Eu, Fico por aqui…
Mas ele vai explicar…pois a Visão desafia-o a ponderar para deixar um testemunho aprofundado…
Ferro Rodrigues responde: ( e só não percebe quem quer desvalorizar esta entrevista…)
TALVEZ UM DIA ESCREVA UM LIVRO. MAS É PRECISO, COMO SE CUSTUMA DIZER, «DEIXÁ-LOS POUSAR» sic.
Digo eu: e que tal propor um livro conjunto entre António Arnaut e Ferro Rodrigues de 1986 a 2004?… com uma adenda ao mesmo até 2009… seria uma bomba.
Poderá ser mesmo um “diálogo à distância”, entre Coimbra e Paris…
O próximo, com a vossa paciência é já a seguir…
« O dia da partida será o dia do reencontro?
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E dir-se-á que a minha noite foi, na verdade, a minha aurora?»
Será Dr. Ferro Rodrigues, pode ter a certeza disso.
Eu tenho um sonho?
Bem hajas, Luther King, a minha libertação também há-de chegar.
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Saudações
Olhar atento*
SEMPRE MILITANTE DE ESQUERDA
Ferro Rodrigues (3)
Visão – houve uma Orquestração? …
FR afirma que quando soube do que estava em marcha cumpriu o seu dever alertando o PGR e o PR Jorge Sampaio. Explicando que voltaria a fazer o mesmo, não por pressão mas pelo ataque a uma Direcção Partidária, não querendo fazer análise “cabalistica” quanto à pergunta da Visão – COM QUE CONTRIBUTOS, DENTRO DO PS?...porque nunca utilizou a palavra “cabala”…diz...podem procurar à vontade…
Digo eu – Dr. Ferro Rodrigues não se esqueça do “livrinho”, por favor.
Não será o seu maior contributo, esse foi-lhe negado como 1º Ministro, mas é seguramente o maior “favor” que faz à Democracia Portuguesa, sendo, como diz e bem, um “antídoto” a este “vírus da calúnia” que a pode tornar permeável.
Mas alguma imprensa já está contagiada… e dá milhões, não é verdade!!!?? Pois.
REALIDADE POLITICA DO PAIS…
Digo eu - Foi neste campo que os nosso ilustres políticos da praça publica se agarraram com unhas e dentes.
Pois bem, fiquem lá com a bicicleta e Ferro Rodrigues não é nenhum ignorante, nem sobre um défice NORMAL nem na defesa do Estado Social…
progressos? Pergunto eu? ENTRAVAMOS AQUI COM O TC E NÃO VOU FALAR.
Mas era tão óbvio que o que está a ser feito, tinha que ser feito, e que só um invisual não via, porque os dados não estavam em “Braille”…e Ferro Rodrigues tem os olhos bem abertos…
Mas, não se esqueçam, da afirmação dele…Há um problema de tempos…
Quero ver qual é a “conjugação” que vão utilizar…espero para ver!!!
Nunca esteve tão evidente e previsível os reflexos sobre a nossa economia, os efeitos desta economia mundial, como agora, pela Globalização injusta (invertida pelos interesses capitalistas…), mas essencialmente, desde a chegada ao poder do TAL, do DITO CUJO…e nestes últimos quatro anos, é o que se vê…
se não tivermos o CRUDE a 120 USD ou mais até 2009…É MILAGRE.
O Trincheiras já está outra vez a intervir…tomem atenção.
E depois venham dizer que foram enganados com as contas de Durão Barroso e Santana Lopes…
depois queixem-se que o ZÉ é parvo…é provinciano.
Dai estar perfeitamente adequado o destaque que é feito, E QUE DEVIA ESTAR NOS DISCURSOS E ATITUDES à muito tempo:
“SE OS SACRIFICIOS SÃO PEDIDOS, É INDISPENSÁVEL QUE SE FAÇA COM MENOS ARROGÂNCIA E MAIS HUMILDADE” até porque estão exactamente a tocar com a geração, que era classe média ( ou ainda está..) e que hoje tem os "tais" 45 a 65 anos e que contribui e muito para a consolidação da Democracia,
A GERAÇÃO DO 25 DE ABRIL…
Bom, meus Amigos, isto pode aquecer e eu já estou a ficar ao rubro.
Antes que resvale, vou mesmo ficar por aqui.
Não sei se darei mais achegas…vou ver a evolução dos próximos episódios.
Até porque, também não fiquei muito contente, pela perda da HILLARY em Yowa, embora não seja muito significativo.
Há muita luta pela frente…mas uma certeza eu tenho O DITO CUJO vai embora.
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«O dia da partida será o dia do reencontro?
E dir-se-á que a minha noite foi, na verdade, a minha aurora?»
Será Dr. Ferro Rodrigues, pode ter a certeza disso.
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Eu tenho um sonho?
Bem hajas, Luther King, a minha libertação também há-de chegar.
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desculpa, Carlos.
desculpem todos...
Saudações
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