PRIMEIRO MINISTRO RECONHECE CRISE NO NORTE E NO PORTO
Primeiro-ministro desafia Norte
Sócrates aproveitou passagem pelo Porto para discutir os problemas do país e da região Norte com uma série de figuras públicas.
*O primeiro-ministro, José Sócrates, lançou, anteontem à noite, no Palácio da Bolsa, no Porto, um sério aviso ao Norte a região tem que "andar mais depressa" e aproveitar os fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para sair da rota de declínio económico em que se encontra.Sócrates reuniu num jantar informal, que se prolongou até às 3 horas da manhã, um conjunto de figuras públicas do Norte. De acordo com fontes contactadas pelo JN, o repasto "correu muito bem, num ambiente marcado por uma conversa franca". Acompanhado pelo ministro das Finanças (Teixeira dos Santos é do Porto), José Sócrates fez uma exposição sobre os temas nacionais da actualidade, explicou as medidas até agora tomadas em várias áreas sensíveis e projectou o futuro próximo do país, sempre sem se furtar a alguns dos temas quentes que afectam a região Norte.Ao juntar alguma da nata finaceira da região, Sócrates quis dar um sinal da necessidade de união entre os actores da mesma.
"Aquilo que ficou claro foi que o primeiro-ministro entende que depende de nós, no Norte, tirar a região do estado em que se encontra", resumiu uma das fontes ouvidas pelo JN.
O primeiro-ministro lembrou a existência de um conjunto de instituições de referência no Norte, para sublinhar que o queixume não chega para ultrapassar os problemas - é preciso juntar forças e "andar mais".
Aeroporto e regionalização
O aeroporto do Porto foi outro dos temas abordados. A recente polémica gerada pelo facto de a ANA (entidade que gere os aeroportos nacionais) recusar apoiar a Ryanair (operadora com viagens a preços reduzidos) tendo em vista a criação de uma base no Sá Carneiro serviu de pano de fundo. Sócrates terá prometido estudar uma solução, assinalando embora que "os interesses nacionais e das regiões têm que estar acima dos interesses das empresas). O novo aeroporto de Lisboa esteve também na ementa.As questões nacionais abordadas foram muito centradas no controlo do défice e do crescimento da economia. Mas houve ainda tempo para discutir as políticas de educação e de saúde, bem como a regionalização e a polémica legislação laboral.
Ao JN, o gabinete do primeiro-ministro salientou que "o encontro que teve no Porto com as "forças vivas" do Norte se insere num conjunto de encontros que Sócrates vem mantendo com a "sociedade civil" um pouco por todo o país". As fontes de São Bento garantem que "não se tratou de um encontro político", mas de uma conversa "com pessoas ligadas ao Norte" para "debater as reformas que estão em curso e as mudanças que é preciso fazer". "Tratou-se de uma troca de opiniões sobre o que já foi feito e o que falta fazer", sintetizou um dos assessores do primeiro-ministro.O gabinete de Sócrates não quis confirmar se já recebeu da Associação Comercial do Porto o estudo sobre o novo aeroporto de Lisboa. "Foi o país todo que esteve em debate e não o Norte", salientou a fonte contactada pelo JN, que admitiu, no entanto, que as questões relativas à região estiveram em discussão. (JN)
Sócrates aproveitou passagem pelo Porto para discutir os problemas do país e da região Norte com uma série de figuras públicas.
*O primeiro-ministro, José Sócrates, lançou, anteontem à noite, no Palácio da Bolsa, no Porto, um sério aviso ao Norte a região tem que "andar mais depressa" e aproveitar os fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para sair da rota de declínio económico em que se encontra.Sócrates reuniu num jantar informal, que se prolongou até às 3 horas da manhã, um conjunto de figuras públicas do Norte. De acordo com fontes contactadas pelo JN, o repasto "correu muito bem, num ambiente marcado por uma conversa franca". Acompanhado pelo ministro das Finanças (Teixeira dos Santos é do Porto), José Sócrates fez uma exposição sobre os temas nacionais da actualidade, explicou as medidas até agora tomadas em várias áreas sensíveis e projectou o futuro próximo do país, sempre sem se furtar a alguns dos temas quentes que afectam a região Norte.Ao juntar alguma da nata finaceira da região, Sócrates quis dar um sinal da necessidade de união entre os actores da mesma.
"Aquilo que ficou claro foi que o primeiro-ministro entende que depende de nós, no Norte, tirar a região do estado em que se encontra", resumiu uma das fontes ouvidas pelo JN.
O primeiro-ministro lembrou a existência de um conjunto de instituições de referência no Norte, para sublinhar que o queixume não chega para ultrapassar os problemas - é preciso juntar forças e "andar mais".
Aeroporto e regionalização
O aeroporto do Porto foi outro dos temas abordados. A recente polémica gerada pelo facto de a ANA (entidade que gere os aeroportos nacionais) recusar apoiar a Ryanair (operadora com viagens a preços reduzidos) tendo em vista a criação de uma base no Sá Carneiro serviu de pano de fundo. Sócrates terá prometido estudar uma solução, assinalando embora que "os interesses nacionais e das regiões têm que estar acima dos interesses das empresas). O novo aeroporto de Lisboa esteve também na ementa.As questões nacionais abordadas foram muito centradas no controlo do défice e do crescimento da economia. Mas houve ainda tempo para discutir as políticas de educação e de saúde, bem como a regionalização e a polémica legislação laboral.
Ao JN, o gabinete do primeiro-ministro salientou que "o encontro que teve no Porto com as "forças vivas" do Norte se insere num conjunto de encontros que Sócrates vem mantendo com a "sociedade civil" um pouco por todo o país". As fontes de São Bento garantem que "não se tratou de um encontro político", mas de uma conversa "com pessoas ligadas ao Norte" para "debater as reformas que estão em curso e as mudanças que é preciso fazer". "Tratou-se de uma troca de opiniões sobre o que já foi feito e o que falta fazer", sintetizou um dos assessores do primeiro-ministro.O gabinete de Sócrates não quis confirmar se já recebeu da Associação Comercial do Porto o estudo sobre o novo aeroporto de Lisboa. "Foi o país todo que esteve em debate e não o Norte", salientou a fonte contactada pelo JN, que admitiu, no entanto, que as questões relativas à região estiveram em discussão. (JN)
3 comentários:
O 1º. ministro teve de vir em socorro dos dirigentes Distritais?
É que continuam a não se vêr e ouvir.
Afinal sempre existe CRISE!!!
O que irá dizer agora Renato Sampaio? Que são invenções de alguns maldizentes?
É verdade que já aqui muitas vezes dissemos que não adianta "chorar" e "mendigar". É preciso arregaçar as mangas e avançar com projectos credíveis e válidos.
É preciso motivar empresários e trabalhadores.
Aproveitar o pouco que virá do QREN e do OE.
Motivar o governo a fazer parcerias com o Onorte.
Aplaudir o que for positivo e criticar o que não pareça ou seja desperdício.
Insistir na Regionalização e na descentralização.
Vamos a isso.
Primeiro o Norte e o Porto. Depois o PS.
Tempo para discutir a Saúde e Educação, REGIONALIZAÇÃO, a Crise e Leis Laborais. Sim que isso da flexisegurança tem muito que se lhe diga.
Só os dirigentes distritais é que não querem discutir nada.
Só sabem dizer que apoiam o governo.
Toma lá Renato. Embrulha esta que o 1º.ñão brinca em serviço. Ele sabe do que fala e vai tomar medidas.
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