Obama: O discurso de vitória
05.11.2008 - 20h24
Boa noite, Chicago. Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.Esta vitória é vossa.E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.Sim, podemos.América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América
22 comentários:
Paula Esteves:
Não vou utilizar desta vez, nem adjectivos, nem manifestar os sentimentos estanhos que perpassaram por mim ao ler o seu post e o que lhe antecedeu do Carlos Pinto.
Compreenderá (ão) que é muito difícil escrever sequer uma linha mais, por muito eloquente que pudesse ser, que não sou.
Dito isto e aqui peço desculpa ao Carlos por abrir esta excepção mas não contenho mais este coração, que já bate muito forte neste momento.
Não me faltarão as forças para lutar, mas o seu post, (vossos) merece muito mais do que isto e dai o pedido de renovadas desculpas ao Carlos.
Independentemente de continuar atento* vou dedicar-vos uma leitura por capítulos, já que me levou (aram) a este estado de espírito, transcrevendo as poucas páginas de um livrinho da minha Juventude (embora não sendo tão idoso quanto isso) escrito por FERDINAND ALQUIÉ sobre “ O SER E O NADA” de Jean-Paul Sartre.
TEXTO I
No decurso da sua história, a consciência humana atravessou épocas de esperança e de confiança no futuro do mundo e no progresso para os valores, e épocas em que parecia vão todo o esforço e toda a evolução privada de sentido.
O nosso tempo difícil não se deixará, sem dúvida, definir tão facilmente: a esperança social é muitas vezes vizinha de um pessimismo sem saída: o homem parece acreditar nisto pela história sem chagar a acreditar em si próprio.
Jean-Paul Sartre é dos que encarnam esta contradição: não recusa a acção politica, não tem por vã a luta que tenta transformar o mundo; mas, ao mesmo tempo, declara que «o homem é uma paixão inútil». E aqui a oposição não é a de dois campos sem contacto, não se limita a indicar que em Sartre, a politica ignora o escritor: encontra-se na própria obra que parece, por este facto, dominada por duas inspirações ou por duas intuições contraditórias. Assim, «NÁUSEA» descreve-nos um «EU» sufocado pelo mundo, «AS MOSCAS» revela-nos um «EU» livre e triunfante.
Da mesma forma, em «O SER E O NADA», parecem existir um realismo que concede o primado ao objecto e só vê na existência humana uma aventura que sobreveio ao SER e um “idealismo” em que a “consciência” constitui o mundo inteiro.
Sem dúvida, Sartre pretende ultrapassar idealismos e realismos, mas fazendo da própria contradição destas duas doutrinas, destas duas atitudes, o próprio da condição humana.
Por isso. «O SER E O NADA». Primeira obra onde essa filosofia se exprime de maneira sistemática e completa, não deixou de suscitar, desde a sua publicação, discussões e comentários: vários filósofos viram nesta obra um perigo ameaçador e muitos Jovens cuidaram encontrar nela a esperada doutrina e como que a expressão filosófica do estado de alma deles próprios.
Continua amanhã…
Abraços
Olhar atento*
Com o nosso voto vamos para onde o POVO quiser.
Parabéns Paula esteves.
Um texto para reflectir e perguntar o que andamos nós a fazer nestes 30 anos?
Sim, porque a culpa não está nó nos políticos que nós elegemos.
Sempre actual Paula esteves.
Esta dupla de posts deixam-me muito preocupado.
Contra factos não há argumentos.
Mas tem de haver decisões.
Quando uma jovem que despertou com o 25 de Abril fala assim, o que dizer?
Já me habituei aos posts semanais de Paula Esteves e quem assim escreve, sabe do que fala e o que diz.
Alguns políticos deviam ler, se é que l~eem, estes artigos.
"Para onde vamos?".Será que alguém lhe vai responder?
Dúvido.
Antes de dar continuidade aos textos prometidos, foi-me solicitada a possibilidade uma síntese, tão objectiva quanto possível.
Entendo que assim deverá ser, embora, reconheçam, que apreciar a obra e o estilo de Sartre de forma sintética, é uma tarefa delicada. Mas, na nossa época de rápidas leituras, ( Blogs não são coisa fácil na verdade) há que conceder textos escritos com a maior simplicidade e síntese possível.
Texto II
Nesta obra não se pode acusar o estilo filosófico de Sartre, pelo facto de ser confuso, como muitos o acusaram, muito pelo contrário, em Sartre nenhuma palavra é arbitrária.
É pois propósito de Sartre querer dissociar no próprio seio da totalidade do SER a “consciência” e “objecto”, o «para si» e o «em si».
Sartre exprime-se dizendo que a “consciência posicional” do objecto é ao mesmo tempo não posicional de si, mas também a um compreendido, a um ser “transfenomenal” do próprio fenómeno.
Encontramos aqui o famoso tema:
TODA A CONSCIÊNCIA É CONSCIÊNCIA DE QUALQUER COISA”
É assim pela riqueza psicológica que o livro nos sensibiliza e desperta em nós ecos profundos.
Já Pascal falava da grandeza e miséria de um ser capaz de compreender e de dar um sentido ao mundo que o esmaga.
Sartre diz-nos que a temporalidade é uma totalidade que domina as estruturas secundárias e lhes confere o significado que elas têm.
“O passado não pode ser isolado do presente, é passado do meu presente, é o
«em si» que eu sou na medida em que ultrapassado”
Tudo o que tende à descrição da “consciência” nesta obra de Sartre é de grande profundeza e de alta qualidade.
Os capítulos de o «O SER E O NADA» no que respeita ao «para outrem»
são ainda mais ricos.
Filosófica e metodicamente Sartre retoma o estudo das nossas relações com «outrem».
Continua em breve…
Saudações
olhar atento*militante
Minha Jovem Paula. Permita que a trate assim,pois tenho como comparação a sua idade e a minha e são muitos os anos que nos separam.
É, esta a razão que me leva a pegar no meu passado, juntá-lo,ao pouco do seu e partilhar consigo a mesma dúvida.
PARA ONDE VAMOS???...a Paula, ainda terá tempo para saber!!!.
Eu,fico com a esperança e com o entusiasmo,quando leio os seus pensamentos.
O meu, é este:
- a preocupação a respeito de um objectivo que se quer estratégico parece legítima até ao momento em que muitos desistem,sem fazer sinal, sem fundamento, sem explicação.
É a crise.
E a intelectualidade que se expressa é agora arrastada pelo pólo de atracção da sua classe num "salve-se quem poder".
Ao povo cabe o desespero que alastra em mancha de óleo,com mais sinais de depressão do que de revolta.
"Revolução" já não é obsessão o 25 de Abril é ignorado por muitos e desacreditado por alguns.
Será isto sinal de resignação?...
Há portanto uma "macabra" omissão, um hiato no pensamento que,a não ser alertado com um sonoríssimo -AACORRRRDEM!!!!, quando o fizerem, já pode ser tarde demais.
E como temos um PS,que nem parece.
Um PS convencido.
Um PS que aceita (que remédio)sem pestanejar,as "diabruras" do Chefe, não há gaivota com vontade de voar,nem Grândola com vontade de ser cantada.
Valha-nos ao menos o VIMARAPERES, para que se possa voar e cantar ao mesmo tempo.
Acredite,que fiquei consolado com o que escreveu, pois fez-me passear no tempo,mas fiquei desorientado.
Não sei, para onde vou.
Mas sei, para onde quero ir.
Bem haja.
CS
PARA ONDE VAMOS?
Paula Esteves, se eu fosse um politico da América Latina diria: o País estava à beira do abismo (!) comigo deu um passo em frente.
Agora mais sério; sinceramente não sei,embora esteja receoso daquilo que possa vir a acontecer. É dos livros que quando desce as respostas das organizações tradicionais, sobe a estupidêz!é só olhar para outras organizações a Igreja Católica é um bom exemplo,veja-se a quantidade de seitas que se instalaram em Portugal! Só porque a Igreja tradicional não conseguiu dar respostas aos seus crentes.Que respostas têm os partidos, (de Governo) tradicionais para dar aos jovens à procura de emprego? que futuro lhes espera se mantiverem as inícuas leis de trabalho herdadas do governo de direita que este governo tarda em revogar, e que pasme-se; pretende ainda torna-las mais gravosas! Que jovem, (minimamente responsável) assume a resposabilidade de constituir familia perante as prespectivas laborais que lhe são colocadas? Que incentivo têm para votar nos partidos que governaram o País nas últimas três décadas? O meu receio é que um dia acordêmos todos com um salvador vindo do nada com um discuso, (já aconteceu no passado)que embora não dê respostas aos problemas que aflige as pessoas aponta para um caminho onde estão os "culpados" das suas desgraças, (os imigrantes são um bom "bode expiatório")exemplos desses não faltam por esse Mundo fora, e nessa altura quem sabe,espero que não seja tarde demais para aparecerem as respostas às suas dúvidas.
Hoje tive que sair p/ um momento importante da minha vida politica.
Foi de facto ao 5o% MAS BOM...
Sempre o mesmo o ANFITRIÃO..
Tive pena de não assistir ao mometo da apoteose, quer da filha quer do anfitrião...pois para além disso ia cumprir uma missão..cumpri não sei resultados pois quando me informou O ENORME SOCIALISTA, que o Raul ia e também acompanhado. huuuuuum
perguntei: quem? não obtive resposta pois aquele VERTICAL diz: ficas a saber o mesmo já que pedes p/não te revelar...silenciei.. abraçaei..e abandonei.
Vou ao Porto em 6 de dezembro pois ai é mais fácil o disfarçe..toma Carlos..mas espero para ver o que fez ao meu pedido pessoal para ti..
Diz: deixa comigo.
Texto III
Os adversários mais resolutos de Sartre são os marxistas que lhe recriminam o facto como ele descreve o homem.
Porem, os marxistas professam um realismo que despreza “a priori” toda a critica filosófica relativa aos fundamentos do conhecimento.
O marxismo “propõe” um “método” para “quem quiser” pensar a história, porém não resolve o problema filosófico das relações entre a consciência e o real.
Por isso se louva Sartre quando afirma a irredutibilidade entre o «para si» e o «em si».
Sartre descreve o em «em si» como a plena consciência com a própria pessoa.
Pascal só condena a “razão” para dar lugar à graça divina, enquanto que Sartre só tem fé no homem.
Neste sentido, parece retomar o antigo tema segundo o qual o homem é a medida de todas as coisas.
Quererá isto dizer que ele se contenta em reviver, numa atitude desesperada, as conclusões do cepticismo grego?
De modo algum, pois a sua filosofia é também dinamismo e criação.
Sartre ao «eu» sufocado da «Náusea» opõe-se o «Oreste» das «Moscas» que liberta remorsos.
Sartre, chega pois a uma teoria da liberdade que é a chave da sua obra.
É para salvar a liberdade do homem que Sartre é radical e sem entraves renunciando à sua própria paz e ao amor.
Melhor do que qualquer outro Sartre professa que o homem é absoluto no que é NADA e que o NADA é a sua liberdade.
E o que mais admirável é que, pensando assim, não desespera por completo.
Sartre permite-se criticar Bataille e anuncia-nos uma moral.
Estará construída essa moral?
Nada é mais caro ao homem do que a sua liberdade.
Esta liberdade impôs regras à acção e deu à vida um sentido?
Continua amanhã….
Saudações
Olhar atento*militante
Abraço, Carlos
Caro JOVEM Ernesto,
sublinho JOVEM.
Vamos lá deixar a América Latina de lado, pois é muito vasta a sua história, nem sempre pelos melhores motivos.
Essa do abismo foi importada do Brasil. JÔ SOARES..
É muito bom verificar que sendo JOVEM revive o passado.
Tem razão quanto à Igreja católica de Hoje..
Mas faltou-lhe dizer, que na história da IC que em Portugal existiu um HOMEM Chamado D. ANTÓNIO, (revivido por D. MARTINS) que lutou o sofreu como ninguém..
Eu tenho muito orgulho de ter sido orientado por ele nos celebres movimentos da JUC e da JOC, para já não lhe falar de CARDIN em Portugal.
Os partidos não tiveram respostas desde o 25 de Abril, salvo quando um Homem da Revolução de Abril quis romper barreiras, chamado Melo Antunes.. aquem lhe presto homenagem, abafado dentro dos NOVE, não sabe mas procure saber, por Camaradas de ABRIL (sabe naquela altura eram todos camaradas...) entre os quais Vasco Lourenço, a celebre cisão dos 9.
Mas os politicos não olharam bem o problema..TODOS... é na Juventude como Ernesto que está o nosso futuro, sem ambiguidades nem tibiezas.
Por falar nisso onde anda a JS??
Só faz de conta como organização dentro do PS, PARA REPRESENTAÇÔES??
E INTERVENÇÃO??..È O MOMENTO!!..
Força JOVEM...uma atitude.. O Ernesto demonstra vontade...
Leis do trabalho espero para ver um PS de esquerda..mas!! o PR e o PR..é um problema!!..e os cooperativismos, por exemplo de Ludjero Marques?? a NORTE no SUL já sabe.
Ainda bem que fala de constituir familia... Já viu o CARTAZ DA JS EM LISBOA?
veja e depois comente...
É evidente que a população está cada vez mais envelhecida e ou se inverte uma politica para os Jovens.. ou nada feito.
Mas para isso precisamos de uma JS mais activa e não com cartazes de colagem ao PS Nacional...em nome de quê é que aparece aquele cartaz??
Uma das dificuldades que os JOVENS encontram, saidos das Faculdades, é na falta de uma verdadeira politica para JOVENS, licenciados ou não, que muitos vão para lugares, que por mérito deveriam ser outros...
E que tal "UM CHOQUE JOVEM"????
a par do "CHOQUE TECNOLOGICO" mentendo, melhorando, o "SIMPLEX"
Também pode ser "UM CHEQUE JOVEM" a par do "CHEQUE DENTISTA" ou outro nome qualquer, desde que devidamente investido e apoiado.
Este apoio deve partir logo nas "Universidades" de outra forma que não a que agora se vislumbra, para saidas profissionais do Futuro...
A Tecnologia já trazem a TECNOLOGIA com eles..
Há exemplos raros... Aveiro por ex.
Sabe que isto doi muito e não é critica nenhuma para si,pois vejo no seu texto...apesar do seu negativismo..UMA GRANDE ESPERANÇA..
Nem sempre o negativo é negativo..
Pois quando se expressa pelo "negativo" está sempre um elevar UM POSITIVO, embora subjectivado.
Saudações
Olhar atento*militante
Maratona...mas que BOM..
vai texto.
Texto IV
A verdade é que Sartre recusa admitir uma liberdade limitada ou parcial e rejeita com rigor as teses que pretendem ser o homem parcialmente livre (na sua vontade) e parcialmente determinado (pelas suas paixões)
O problema da liberdade para ele é um problema do tudo ou nada:
O homem é livre e é totalmente livre.
A liberdade do homem para Sartre é tão total que é constituinte.
Para Sartre a liberdade não tem limites.
E se os tem, é só na medida em que não pode recusar ser.
É preciso compreender o “homem” e “liberdade” de Sartre, e “o” que se revê nesta compreensão é autenticamente o homem de hoje, e será, com toda esta substância, o homem de sempre.
Esta é a resposta que Sartre nos dá, delimitando Platão, Descartes, Leibniz e «eu» intemporal de Kant. Nenhum filósofo, afirma-se, tem o direito de ignorar a profunda experiência que ele descreve. Acrescentam, que não se podem opor a esta experiência, os quadros abstractos de um intelectualismo vazio ou de um cientismo teimoso.
Finalizo com esta fórmula singular de pensamento: sendo o humanismo e liberdade de Sartre, reconhecido, como o mais coerente que jamais foi proposto, porque a ultrapassagem do homem não é ultrapassagem para outra coisa diferente do homem, nada existe no mundo acima do homem e o espírito conhecedor é um modo da existência humana, - complemento com a teoria de Hegel, permanecendo assim fiel à minha forma de estar perante o «outrem».
É pois, claro para mim, que com estes princípios, de Sartre e Hegel, encontraremos os meios necessários para a nossa ACÇÃO, (neste presente carregado de passado e futuro), respondendo aos desafios das DUAS GERAÇÕES, Carlos Pinto e Paula Esteves, em que eu me revejo, indiscutivelmente.
Saudações
Olhar atento* militante
Ao ler todos estes comentários tão verdadeiros, bem como o programa eleitoral do PS do "longínquo" ano de 1976, bem lembrado pelo Carlos Pinto, fico a pensar que vale a pena despertar consciências, nostalgias e vontade de recuperar valores e condições. A todos, pela mensagem que recuperaram, pelas experiências que deixaram, vividas na primeira pessoa, como é o caso do Coelho dos Santos, ao tom bem corrosivo do Ernesto, ao "olhar atento" que nos trouxe as grandes lições de Sartre, e a todos pelo alento que deram, deixo outro repto,bem português, bem nosso, "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Tão longe e tão perto de vocês todos.
Estou no Estoril na marginal a olhar a imensidão do Atlântico.
Depois de ler todos os comentários, porque tinha prometido à Paula que ontem não escreveria umalinha, queria fazê-lo agora. Mas há uma recusa.Há um aperto e uma alegria tão grande por verificar que vale apena continuar.
Temos gente para defender causas e ideias.
Quando esta dupla confusãome deixar vou escrever para todos.
Levem amensagem aos vossos amigos. Entrem no envio de mensagens de 1 para 10. Alarguemos o debate.Um dia a Comunicação Social vai ouvir-nos...
Não fujas Carlos..
Foi nessa zona que Gago e Sacadura arrancaram para outras paragens..
QUEREMOS-TE CÁ...
QUEREMOS-TE CÁ...
Gritem TODOS..
Meu Caro,
Se á Paula Estves lhe demos alento, a que eu acrescento a "força indomável para vencer" como JOVEM (e através dela para TODOS os JOVENS) a Ti dedicamos a alegria, (com que escrevemos, meditamos e agimos), do VIMARAPERES para os nossos olhos, mas horrores para muitos, que já é uma alegria redobrada, para ti e para todos nós...
À PAULA ESTEVES DAQUI AINDA:
CANTAREI POR TODA A PARTE ATÉ QUE A VOZ ME DOA, ESCREVEREI ATÉ QUE A PENA ME MAGOE AS MÃOS, E JÁ SANGRANDO, GRITAREI...
VALEU A MINHA "PENA", PORQUE A MINHA ALMA, AFINAL, É GRANDE.
Saudações
olhar atento*militante
Como eu gosto de vocês. Quando já considerar que as contribuições são de refinado gosto, não há razãopara eu continuar a escrever.Não é falsa modéstia. Gosto de escrever, mas por vezes a cabeça já não dá e o tempo para gerir os Blogues é pouco.
Convidei a Ana Gomes e vou fazer umconvite a uma professora da UP da cadeira de História ppara iniciar a História de Abril.
Continuarei a participar na melhoria do Blog, na divulgação, no formata que vai ter uma janela para :textos, cultura geral, fotos,política,REGIONALIZAÇÃO.
Que alegria me deu Paula.
Ainda há alguém qu pensa e diz o que lhe vai na alma.
Meu caro "Olhar Atento":
Este comentário pode parecer uma peça que não encaixa no post.da Paula Esteves, mas em politica há sempre um elo,(pode ser muito ténue)para o bem ou para o mal que une as coisas que fazemos ou dizemos, senão vejamos:
O comentário que fiz em relação ao incidente da Cimeira Ibero Americana, entre o Rei de Espanha e o Prsidente da Venezuela Hugo Chavez, não e mais que a profunda desilusão que me invade por verificar que aqueles em quem depositei as minhas esperanças não são melhores que aqueles que tanto criticavam!Não vou negar a minha simpatia por Hugo Chavez, Evo Morales, Lula da Silva, já não digo o mesmo de Daniel Ortega, mas isso não me impede de "ver" o que em minha opinião esses líderes não devem fazer.
No primeiro comentário que fiz apoiando a atitude do Rei de Espanha não tive a pretensão de responder a nenhum comentário anterior, limitei-me a dar a minha opinião,aproveito ainda para lhe agradecer o cuidado que teve em ir à sua biblioteca,o exemplo que dei da Costa Rica foi apenas para mostrar como ficaria feliz, se estes lìderes tivessem exemplos destes.
Mas não pense que a minha desilusão está confinada aos politicos da América Latina! Aos Europeus também cabe uma parte do desse estado de espirito! Não é verdade que hoje na Europa com responsabilidades na politica e na ecónomia estão aqueles que fizeram o Maio de 68 em Paris e o Maio de 69 em Portugal? qual é a diferença entre o discurso desta gente e o daqueles que combatiam nessa altura? Sabe meu caro não tenho conhecimentos de história que me permitam ter com quem quer que seja uma discussão académica com o rigor das datas e dos protagonistas, para mim a hitória serve para: Estudar o passado, para preparar o presente, para não cometer erros no futuro.
Se calhar para muitos será uma visão "estreita" de ler história, mas é esta a forma de quem tem apenas alguns conhecimentos impíricos nesta matéria.
Dizer ainda que gostei do tratamento,(JOVEM) que mimoseou num dos seus comentários.
Um Abraço
Caro Ernesto,
Não há mimos na minha escrita.
É a si JOVEM que lhe compete e não é tão impirico quanto isso, pugnar na defesa desses valores que nos legou (legamos) a JUVENTUDE de 68/69 e que difundiu como onda, "quais replicas de terramoto" ultrapassando as fronteiras da Europa.(leia-se USA especialmente)
Não foi proposito, dar lições de história, mas tão somente repor a verdade dos factos.
Como também crito CHAVEZ quando usa os foruns errados, como fiz, vejo que teve o cuidado de ler o que disse antes.
Mas nem por isso temos que enfatizar as palavras do REI..
De Espanha, depois do desafio público...como disse ai sim...veio só uma resposta...
Mantiveram o pedido de respeito..
Está certo este pedido de respeito, mas os meus netos,ou bisnetos e por ai adiante têm o direito de saber se foi ou não verdade o que CHAVEZ afirmou.. ou então a história onde eles beberão, com bons e maus exemplos fica novamente,conspurcada.
E nem sempre uma actualização, nos dá tranquilidade.
Despertam agora os JOVENS para a verdadeira história do antes do 25 de Abril, porque aquela que nos deram a ler..
Está nas etantes mas com X a vermelho nas páginas, apesar de ELES utilizarem mais o lápis azul ou preto, para que não deixe duvidas aos meus descendentes.
Havia de chegar o meu direito a riscar e felizmente estava vivo para o fazer, chegou com o 25 de Abril
Beba na história do passado, retenha sempre na memória o exemplo de 68/69, aproveite o melhor Abril, deixe a sua marca, sempre com o espirito de Abril, a par dos actos e politicas de todos, que lhe foram e dos que ainda lhe são fieis.
Eu sei que não entendera esta minha ultima referência a si como uma afronta, mas deixe-me deixar aqui o recado ao JOVEM Ernesto:
O CAMARADA ERNESTO, como JOVEM, é um dos responsáveis pelo FUTURO deste Pais.
Quer queira quer não, a história pode ficar confinada ao PORTO, mas não gostaria que mais tarde fosse revisitada e lá se verificasse que um ERNESTO perdeu uma oportunidade para melhorar o Futuro que lhe passou pelas mãos.
Por favor ERNESTO, não prepare o presente, esse já está no passado quando ler esta mensagem.
Da mesma forma o FUTURO se inicia ai.
Estou certo que está agir.
Mas é preciso, mais força.
Olhe para o seu lado...está ai outro Jovem... e mais à frente outros quantos e naquela praça muitos e neste País MILHARES...
Exija, porque nestas coisas da Liberdade e Humanidade, exige-se, (como fez Sartre), que Juntem a voz deles à sua voz..
Eu não estarei cá...mas venceu a minha UTOPIA...
Abraço
Até sempre
olhar atento*militante
Iremos para onde a maioria do POVO quiser.
Muito bem João Ferreira.
É sempre bom lembrar a quem não é Democrata, que estamos em DEMOCRACIA e que o POVO é quem mais ordena.
Eu estou no BLOG certo.
O POVO quando vota acredita em quem VOTA.
Desta vez deu maioria a um partido DE ESQUERDA..
DISSE: QUEREMOS MUDANÇAS...
QUEREMOS UM GOVERNO COM POLITICAS SOCIAIS DE ESQUERDA..
O POVO TAMBÉM JÁ VOTOU NOUTRAS MAIORIAS..
EU NÃO FIQUEI NADA SATISFEITO, MAS ACEITEI....E O MEU CARO?
DESTA VEZ ACREDITEI NA MINHA ESQUERDA.. E O MEU CARO, ESTÁ SATISFEITO?
EU NÃO...
Saudações
Olhar atento*militante
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