DISCUTIR TUDO. A REGIONALIZAÇÃO INTERESSA A TODOS
Regionalização divide personalidades do Norte
Debate juntou personalidades do Norte desafiadas pela TSF a comentar a perda de protagonismo da região
Carla Soares(JN)
Polémica quanto baste, a regionalização continua a dividir a sociedade nortenha, apesar do consenso que parece já existir no âmbito partidário sobre quais os melhores mapa e modelo. Num debate que ontem reuniu personalidades da região, houve opiniões para todos os gostos. Num extremo, Carlos Lage defende não haver outro caminho a não ser regionalizar. No outro, Ludgero Marques diz que aquela reforma só iria dividir e que é feita para a classe política.Tendo como cenário a Fundação de Serralves, no Porto, a TSF juntou para um debate várias figuras, entre as quais o presidente da instituição anfitriã, António Gomes de Pinho, que aposta na alteração do papel do Estado, e Joaquim Azevedo, responsável pelo centro regional da Católica, para quem as regiões beneficiariam o Interior. Na conversa, mas a partir de Lisboa, participou o empresário Pires de Lima, que prefere falar de descentralização."O Norte é uma atitude"A quem atribuir a culpa pelo actual estado da região? Ludgero Marques, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), considera que a responsabilidade é partilhada pelos vários agentes. "Nós temos todos culpa desta situação", resumiu. Mas a solução, em seu entender, não passa por regiões administrativas."O Norte é um posicionamento, uma atitude" e "é muito mais vasto do que aquilo que se pretende fazer com cinco, seis ou sete regiões", declarou Ludgero, recordando que foi "sempre anti-regionalista" e que defende, sim, a criação de "grandes metrópoles". "A regionalização é feita para os políticos", criticou ainda, preferindo uma "metropolização". Por outro lado, contrapõe, "se houvesse eficiência governamental, resolveria a situação".Já na opinião de Carlos Lage, o Norte "ainda tem um sentimento regional embrionário e as dificuldades pelas quais passa a região têm estruturado essa mesma consciência regional". Notando haver uma certa unanimidade em torno das cinco regiões, defendeu que o Norte e o Porto, em particular, "precisam da regionalização" para recuperar influência.Joaquim Azevedo concorda que "a questão da macrocefalia tem de ser colocada no âmbito político". E as "fatias horizontais" sugeridas pelas regiões-plano seriam benéficas para combater a "desigualdade Litoral/Interior"."Um dos caminhos para a reforma do Estado pode ser a descentralização", defendeu, notando que "a maneira como a regionalização foi [na altura do referendo] posta constituiu uma forma de a inviabilizar".Na hora de manifestar a sua opinião, Gomes de Pinho disse ser necessário, em primeiro lugar, "alterar o próprio papel do Estado na sociedade". Sobre a regionalização, não revelou no debate uma posição concreta. Questionado pelo JN, esclareceu ser contra, alegando que implicaria uma "diminuição da competitividade do país como um todo". Iria "dividir" e "reproduzir a nível regional os malefícios da burocracia do Estado central".Primeiro, propõe, há que definir as funções do Estado. Segundo, fazer uma "reforma profunda do modo como ele exerce essas funções", o que hoje "deixa muito a desejar". Discutir a regionalização "fazia sentido há 20 anos".
Debate juntou personalidades do Norte desafiadas pela TSF a comentar a perda de protagonismo da região
Carla Soares(JN)
Polémica quanto baste, a regionalização continua a dividir a sociedade nortenha, apesar do consenso que parece já existir no âmbito partidário sobre quais os melhores mapa e modelo. Num debate que ontem reuniu personalidades da região, houve opiniões para todos os gostos. Num extremo, Carlos Lage defende não haver outro caminho a não ser regionalizar. No outro, Ludgero Marques diz que aquela reforma só iria dividir e que é feita para a classe política.Tendo como cenário a Fundação de Serralves, no Porto, a TSF juntou para um debate várias figuras, entre as quais o presidente da instituição anfitriã, António Gomes de Pinho, que aposta na alteração do papel do Estado, e Joaquim Azevedo, responsável pelo centro regional da Católica, para quem as regiões beneficiariam o Interior. Na conversa, mas a partir de Lisboa, participou o empresário Pires de Lima, que prefere falar de descentralização."O Norte é uma atitude"A quem atribuir a culpa pelo actual estado da região? Ludgero Marques, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), considera que a responsabilidade é partilhada pelos vários agentes. "Nós temos todos culpa desta situação", resumiu. Mas a solução, em seu entender, não passa por regiões administrativas."O Norte é um posicionamento, uma atitude" e "é muito mais vasto do que aquilo que se pretende fazer com cinco, seis ou sete regiões", declarou Ludgero, recordando que foi "sempre anti-regionalista" e que defende, sim, a criação de "grandes metrópoles". "A regionalização é feita para os políticos", criticou ainda, preferindo uma "metropolização". Por outro lado, contrapõe, "se houvesse eficiência governamental, resolveria a situação".Já na opinião de Carlos Lage, o Norte "ainda tem um sentimento regional embrionário e as dificuldades pelas quais passa a região têm estruturado essa mesma consciência regional". Notando haver uma certa unanimidade em torno das cinco regiões, defendeu que o Norte e o Porto, em particular, "precisam da regionalização" para recuperar influência.Joaquim Azevedo concorda que "a questão da macrocefalia tem de ser colocada no âmbito político". E as "fatias horizontais" sugeridas pelas regiões-plano seriam benéficas para combater a "desigualdade Litoral/Interior"."Um dos caminhos para a reforma do Estado pode ser a descentralização", defendeu, notando que "a maneira como a regionalização foi [na altura do referendo] posta constituiu uma forma de a inviabilizar".Na hora de manifestar a sua opinião, Gomes de Pinho disse ser necessário, em primeiro lugar, "alterar o próprio papel do Estado na sociedade". Sobre a regionalização, não revelou no debate uma posição concreta. Questionado pelo JN, esclareceu ser contra, alegando que implicaria uma "diminuição da competitividade do país como um todo". Iria "dividir" e "reproduzir a nível regional os malefícios da burocracia do Estado central".Primeiro, propõe, há que definir as funções do Estado. Segundo, fazer uma "reforma profunda do modo como ele exerce essas funções", o que hoje "deixa muito a desejar". Discutir a regionalização "fazia sentido há 20 anos".
3 comentários:
REGIONALISTAS
PORTUENSES
INDEPENDENTES
AMIGOS DO VIMARAPERES
CAMARADAS
O dia não tem sido nada fácil hoje na Empresa.
Como Pequena Média Empresa, das tais que sofrem, EU incluido, não me tem permitido estar convosco.
Acabo de ser informado pelo Patrão que fez acordo de rescisão de contrato com 4 trabalhadores.
Também estou triste por isso.
Só dei uma entrada para ver os Posts e temos uma mão cheia de bons elementos para continuar o debate sobre a regionalização.
E que temas, não sendo para mim novidade, nem para vós, pois temos vindo a debater (aqui no VIMAAPERES) e muito mais à frente do que estes 4 intevenientes neste debate da TSF.
Prometo dar o meu contributo, nem que tenha que ficar a pé toda a noite..
Porém como nem só de regionalização, mas também por isso dado o PESO POLITICO que isto acarreta, e porque o Carlos lança e muito bem as LIDERANÇAS na Região, farei também os meus comentário.
até mais logo.
Respondo à pergunta de hoje.
A Regionalização teve um PRINCIPIO
leis 56/91 e 19/98, sempre esteve no MEIO, em discussão e propostas em Programas Eleitorais (agora mais do que nunca entre PS de Sócrates e PSD de Menezes) e terá um FIM inevitável que espero seja durante esta Legislatura, tomada a decisão dentro da AR.
Saudações
olhar atento*militante
Fazia sentido há 20 e continua a fazer.
REGIONALISTAS
PORTUENSES
INDEPENDENTES
AMIGOS DO VIMARAPERES
CAMARADAS
É com base na ESPERANÇA, pois essa é sempre a ultima a morrer que começo este meu contributo a TODOS, reproduzindo 3 pensamentos de grandes pensadores na História da Humanidade, e embora para TODOS, permitam-me que os dedique em particular à Paula Esteves e à Carla Santos.
1- Não voltemos a pisar terreno já trilhado, preparem-nos para o que está por vir (Cícero)
2- A Esperança é o sonho do homem acordado (Aristóteles)
3- O Presente está carregado do passado e cheio de Futuro (Leibniz)
Vou directo para o que o Carlos nos disponibilizou:
A)Regionalização divide personalidades do Norte
R: Nada de novo, nada surpreendente
B)Carla Santos, polémica quanto baste:
R: Dói-lhe, como a todos nós, ver o Pais como está (sem Regiões) e ver a Região Norte, que já foi o motor de desenvolvimento do Pais, relegada para o maior atraso face ao País e outras Regiões por essa Europa fora. Não falo em estatísticas, não falo em desinvestimentos, não falo em desemprego, não falo em Pobreza, não falo em Fome, não reporto futilidades de determinados políticos, pois já sabemos e já cansa. (mas tenho a certeza do seu pensamento perante outras regiões, à excepção de Lisboa/Vale do Tejo)
c)Opiniões para todos os gostos: Num extremo Carlos Lage…
R: É fácil falar como o Carlos Lage fala e também nunca disse que ele não defende a Regionalização. Mas da Teoria à prática, neste caso, dou-te um conselho Carlos, não há grandes distâncias. Basta que sejas TU próprio a falar como o fizeste neste debate e não como simples representante do Governo quando falas da CCDRN.
Assim não vamos lá Carlos Lage. Tenho-te como um Homem honesto, rigoroso e um bom Politico. Mas assim não vamos a lado algum.
Não basta dizeres que o NORTE tem um sentimento regional “embrionário”(?)...
(aplaudo 10 minutos, como aos maestros, nas grandes óperas) e acrescentas que as dificuldades pelas quais passa a Região NORTE (e noutras, mais do que uma realidade, só quem vive em S. Bento não vê!! e outros políticos anti-regionalistas também) têm estruturado essa consciência regional.
Se isto para ti, como para nós, os mais conscientes é uma realidade porque não és ouvido no Governo? Não és o seu legítimo representante no NORTE?
Estás sozinho e o TEU próprio partido não te apoia? Falta-te essa mola impulsionadora? Apoia-te no Vimaraperes… segue com a tua consciência, que aliás nunca perdeste, a par da tua coerência.
Grita…agora é a tua vez…ACORDEM!!!
Dizes bem, como bom Politico que és, haver uma certa unanimidade (eu diria total, pois quem definiu a 5 regiões de Turismo foi o TEU, o NOSSO próprio GOVERNO, consensual com outras forças politicas e civis).
Acrescentas que precisamos da Regionalização para o NORTE e o PORTO EM PARTICULAR, recuperar influência. (maravilhoso, aplaudo novamente 10 minutos.)
Estás a ver como és um BOM POLITICO.
E como recuperamos essa influência?
Com que vontades “contas” neste teu desejo?
Com o nosso “cândido” Sec. Estado? Não vais lá Carlo Lage..
Impõe-te, tens força politica, outras forças politicas e civis que te acompanham, e este VIMARAPERES está decididamente contigo nesta Batalha final.
Tenho que te fazer um reparo, modestamente, Carlos Lages.
Não centres no PORTO “em particular” todas as tuas atenções.
O PORTO não irradia. O PORTO pode concentrar, irradiando de imediato
para toda a Região NORTE.
Essa dos dois indivíduos num restaurante, que pedem um frango e só UM come, mas teoricamente, cada um comeu meio frango, Não, Carlos Lage.
Lembro-te o espírito da Lei 56/91.
E aconselho-te essas moderações, muito importantes.
d)Engº Ludjero Marques, fala como Presidente da AEP
R: Senhor Engº, nós compreendemos a sua defesa por um cooperativismo e não negamos, eu pelo menos, que a AEP, como parceiro social tem o seu peso e inegável influência.
Adianta isto:
d.1) A responsabilidade é partilhada pelos vários agentes…
Quais? As populações incluídas? Que culpa temos nós nisso?
E se não somos “nós” incluídos, para a próxima explique melhor a sua VASTIDÃO.
d.2) Vai mais longe: Nós temos todos culpa desta situação…
Nós? Incluindo as populações?
Pensa que nos esquecemos dos mais de 20 milhões de contos
(100 milhões de Euros, há altura!!!) do EUROPARQUE!!
Está a preparar alguma, continuando a defender as GRANDES
METROPOLES, discutindo o novo projecto para a EXPONOR?
Senhor Engº Ludjero Marques.
Os Feudos têm que acabar.
d.3) Diz mais: O NORTE é um posicionamento, uma atitude..
R: É verdade Senhor Engº, aplaudo 10 minutos.
Mas, cá está o “MAS” do Senhor Engº anti-regionalista, a SOLUÇÃO nãoPassa por Regiões
Administrativas…
R: Senhor Engº, na estrutura da AEP há um sector que faz parcerias
Com autarquias Locais para GESTÃO de PARQUES INDUSTRIAIS..
Certo?
Pois bem, se o NORTE (todas as Autarquias) lhe entregassem a Gestão dos seus Parques Industrias, desde Bragança, Vila Real, Braga, Viana,Porto, o Senhor Engº era contra a Regionalização?
Sabendo que TODOS os Autarcas HOJE não põem em causa esta questão, dada a perda de investimentos directos do Estado e que só
Conseguirão em Bloco, mais fundos, depois de 2013, SIM porque o NORTE continua POBRE a manter-se este QREN e este PIDDAC e demais até 2013, pelo andar da carruagem… O Senhor era contra a
Regionalização? DUVIDO…..
D – U – V - I – D - O
e)Senhor Engº Ludjero Marques, não lhe comento mais a sua defesa nas Grandes Metrópoles e a sua METROPOLIZAÇÃO, pois está claro, coerente
como é, basta dizer, repetindo-o, que é anti regionalista.
Ok. Ponto final.
Mas comento a sua falta de visão de FUTURO…
O Senhor Engº é anti Europeísta?
É anti constitucionalista?
Olhe que a EUROPA defende o modelo de desenvolvimento Regional..
A Constituição impõe a Regionalização…
O Senhor, um Excelente Empresário, tão viajado, não nota nada do
do que se passa por essa EUROPA fora?
Não precisa de ir muito longe…Vá à Galiza.
f)AGORA esta de afirmar que a Regionalização é feita para os Políticos…
Vai mesmo ter que explicar melhor…
Dou-lhe uma Ajuda e simultaneamente ajudará muito boa gente neste País, e a nós no VIMARAPERES:
Peço-lhe encarecidamente, como a AEP tem técnicos reputadíssimos na
elaboração de estudos e análises financeiras, que nos faça a contabilidade de quanto o País já gastou, do bolso de todos nós e do SEU também, com este modelo desde 1998 até HOJE?
E depois peça uma analise “sintética” do dinheiro
a gastar com o previsto na lei 56/91, que INSTITUI as regiões e por quantos anos estariam
pagos os seus custos operacionais.
Vai ver, que decide logo… REGIONALIZAÇÃO JÀ…
Disse Senhor Engº…
g)Professor Joaquim Azevedo:
Inteligência ao serviço do País e da Regionalização.
Só um brevíssimo apontamento: para quando? Depois de/ou, lá para 2013?
Ou durante esta legislatura?
Por referendo ou na AR?
h)Dr. António Gomes de Pinho:
Não revelou a sua posição concreta, porquediz, “énecessário
1ºalterar o próprio papel do Estado na Sociedade”…
R: Refere-se ao princípio da subsidiariedade?
Senhor Doutor, o ESTADO não tem que alterar NADA…
O ESTADO (governo) já se definiu por Leis Constitucionais (56/91 e 19/98)
A única responsável por alterar seja o que for é a AR… mais ninguém.
I)Entretanto questionado objectivamente pelo JN diz:
sou contra.
Pelos factos acima, NÃO
J)Mas é CONTRA porque diminuía a competitividade do PAÍS como UM TODO.
R: Senhor Doutor, permita-me V. Exa. que não lhe responda como ao
Senhor Engº Ludjero Marques. Pode não ser tão viajado, mas considero
V. Exa. suficientemente inteligente, para não ter afirmado tal opinião.
Compreendo, são momentos infelizes, como todos nós temos.
K)Não posso deixar passar esta afirmação de V.Exa.
“Seria reproduzir a nível Regional os “malefícios” da Burocracia do Estado Central.
R: Perdoar-me-á V. Exa. mas não entendi…
Concorda pois, que o “Estado” é Centralista e que isso é um malefício…
Estamos TODOS de acordo..
Mas quer-nos convencer que tais “malefícios” passam a ser Regionais?
V. Exa. tem falado com Autarcas nos últimos anos?
Por exemplo o Dr. Rui Rio?
Sabe do enorme CALVÁRIO que eles percorrem para combater esse
Centralismo?
Permita-me igualmente este tom, mais ou menos bem-humorado,
Que venha de lá esse “centralismo” e esse” malefício” nos temos da lei 56/91…
L)Finaliza V. Exa : Discutir a Regionalização fazia sentido há 20 anos…
R: Não, há vinte anos, Não.
Quando o ESTADO decidiu discutir a Regionalização e quando entendeu
que era o momento oportuno, foi em 1991 com a Lei 56/91 e muito bem.
Muito mal, foi ter andado a enredar o processo até 1998, apesar de nesse ano ter aprovado a lei 19/98 e logo a seguir ter a AR por resolução impostoum referendo,
armadilhando as Leis.
Agora, armadilharam a granada, não abram a mão, que ela rebenta.
Tratem do assunto internamente (AR) e chamem os peritos em bombas e Armadilhas!!!
M)Dr. Pires de Lima:
R: Embora esteja diametralmente oposto do meu idealismo politico, sempre vi no Senhor seu Pai um Homem extraordinariamente muito inteligente, e quantas vezes incomodo fosse qual fosse o “tipo” de Governos no Poder e não só…
Vi também no Deputado Pires de Lima boas atitudes políticas e intervenções muito inteligentes
na AR(embora nem sempre pelos melhores motivos).
Como filho de peixe sabe sempre nadar, entenderá, por esta breve introdução destacando a inteligência, que não repita os meus comentários face ao Engº Ludjero Marques.
Por nada mais ter lido, neste post sobre os seus argumentos, fico-me por aqui.
No entanto não ficaria nada mal ponderar o facto de ser um Administrador de uma grande empresa a Norte.
Fui extenso, mas tal matéria não pode ser resumida.
Desculpem,
Hoje também não estou nos meus melhores dias.
Saudações
Olhar atento*militante
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