ESTOU REVOLTADO!!!
.Docente retoma trabalho
j. paulo coutinho (JN)
Apesar da doença, professora terá mesmo que voltar a dar aulas
Uma professora vítima de três cancros e impedida de se aposentar por decisão da junta médica deverá apresentar-se ao serviço já no próximo dia 20, sem que toda a atenção centrada em casos idênticos, este Verão - a contar com a preocupação manifestada pelo primeiro-ministro -, tivesse, aparentemente, trazido alterações substanciais. Antes pelo contrário a docente foi apenas convocada para uma nova junta médica ordinária, tipo "relâmpago". Resultado? Vítima de cancros na mama, útero e língua, deverá ser vista, agora, pelo mesmo otorrinolaringologista que, a outra docente cancerosa, mandou arranjar os dentes e voltar a trabalhar...Para já, o mais certo é que, afastada do ensino desde 1997 e vitimada por três cancros - que lhe deixaram graves sequelas -, Maria Conceição Marques vai retomar a actividade lectiva na Escola Básica do 1.º Ciclo da Regedoura, Válega, Ovar, já no dia 20.Conforme noticiámos na edição do passado dia 14 de Julho, a referida professora havia sido aconselhada pela Direcção Regional de Educação do Centro a pedir a aposentação por incapacidade, já que não a consideravam capaz de dar aulas.Sujeita a duas juntas médicas,a professora foi, contudo, considerada apta para o trabalho. Em consequência, Maria Conceição solicitou uma junta médica de revisão.
A Caixa Geral de Aposentações (CGA) convocou-a para uma junta ordinária, no passado dia 2 de Agosto, nas instalações da Caixa Geral de Depósitos, em Aveiro. "Estavam lá cerca de 35 doentes para serem atendidos, mas cada um não passava lá dentro mais de dois ou três minutos", disse ao JN.Segundo a docente, o júri era constituído por dois médicos e um funcionário da CGA. "Só quiseram saber se eu tinha algum relatório para entregar e mandaram-me logo sair pela porta fora. Nem sequer três minutos estive lá dentro", revelou. Maria Conceição ainda protestou pelo facto de ter interrompido as férias para não ter ido lá fazer nada e, em resposta, garante que lhe disseram "Então continue de férias e faça de conta que não veio aqui".
No dia 14 de Agosto, foi informada pela CGA de que será sujeita a uma consulta de otorrinolaringologia, ainda por marcar, pelo mesmo especialista que, a outra professora cancerosa, havia apenas sugerido um arranjo aos dentes. O seu médido assistente considerou a decisão desajustada, por estar certo de que apenas um especialista em cirurgia maxilo-facial poderá avaliar as condições de saúde.
j. paulo coutinho (JN)
Apesar da doença, professora terá mesmo que voltar a dar aulas
Uma professora vítima de três cancros e impedida de se aposentar por decisão da junta médica deverá apresentar-se ao serviço já no próximo dia 20, sem que toda a atenção centrada em casos idênticos, este Verão - a contar com a preocupação manifestada pelo primeiro-ministro -, tivesse, aparentemente, trazido alterações substanciais. Antes pelo contrário a docente foi apenas convocada para uma nova junta médica ordinária, tipo "relâmpago". Resultado? Vítima de cancros na mama, útero e língua, deverá ser vista, agora, pelo mesmo otorrinolaringologista que, a outra docente cancerosa, mandou arranjar os dentes e voltar a trabalhar...Para já, o mais certo é que, afastada do ensino desde 1997 e vitimada por três cancros - que lhe deixaram graves sequelas -, Maria Conceição Marques vai retomar a actividade lectiva na Escola Básica do 1.º Ciclo da Regedoura, Válega, Ovar, já no dia 20.Conforme noticiámos na edição do passado dia 14 de Julho, a referida professora havia sido aconselhada pela Direcção Regional de Educação do Centro a pedir a aposentação por incapacidade, já que não a consideravam capaz de dar aulas.Sujeita a duas juntas médicas,a professora foi, contudo, considerada apta para o trabalho. Em consequência, Maria Conceição solicitou uma junta médica de revisão.
A Caixa Geral de Aposentações (CGA) convocou-a para uma junta ordinária, no passado dia 2 de Agosto, nas instalações da Caixa Geral de Depósitos, em Aveiro. "Estavam lá cerca de 35 doentes para serem atendidos, mas cada um não passava lá dentro mais de dois ou três minutos", disse ao JN.Segundo a docente, o júri era constituído por dois médicos e um funcionário da CGA. "Só quiseram saber se eu tinha algum relatório para entregar e mandaram-me logo sair pela porta fora. Nem sequer três minutos estive lá dentro", revelou. Maria Conceição ainda protestou pelo facto de ter interrompido as férias para não ter ido lá fazer nada e, em resposta, garante que lhe disseram "Então continue de férias e faça de conta que não veio aqui".
No dia 14 de Agosto, foi informada pela CGA de que será sujeita a uma consulta de otorrinolaringologia, ainda por marcar, pelo mesmo especialista que, a outra professora cancerosa, havia apenas sugerido um arranjo aos dentes. O seu médido assistente considerou a decisão desajustada, por estar certo de que apenas um especialista em cirurgia maxilo-facial poderá avaliar as condições de saúde.
O senhor primeiro-ministro ficou chocado com o que se passava nas juntas médicas e mandou altrar a legislação. Eu aplaudi.
Mas afinal o que mudou?
A CGA não terá que levar uma "varridela"? É que já são casos a mais.
Com direitos das pessoas não se brinca às competencias. São casos muito graves que nao podem ser tratados com ligeireza e incompetência. E sei do que falo. Há mais decisões da CGA vergnhosas.
Ainda esta semana me apresentaram dois ofícios da CGA. Um dizia que os 16 anos de descontos não podiam ser acumulados à pensão já em vigor e que tinha que se dirigir aos serviços competentes (CNP). Assina esta carta o Director Central. Esta mesma caixa -CNP-tinha informado há um ano que os descontos de 16 anos tinham sido informados à CGA para os considerar na pensão unificada. Passados dois meses, sem que nada tivesse sido feito, a mesma CGA por ofício assinado por um chefe de serviços informa que por despacho da Direcção foram alteradas as condições de aposentação e considerados os 16 anos de descontos, publicado no Diário da República II série. Se isto não é incompetência, quem puder ajudar este cidadão que se dirigiu ao Blog, agradeço me informe o que fazer, pois além desta brincadeira de mau gosto, este contribuinte está aposentado com penalização de 13,5% por não ter 60 anos de idade, mas 40 de serviço e mais 16 de descontos para a Segurança Social. So que a lei 1/2004 de Manuel Ferreira Leite impediu este cidadão de se aposentar legalmente em 2003 porque foi retido o processo e ninguém lhe aceita o recurso hierárquico.Só falta mais uma decisão do Supremo para se limpar esta nódoa de abuso de poder.
Vamos protestar pelo serviço das Juntas Médicas e para que se auditem os serviços da CGA.
Carlos Pinto
4 comentários:
Era suposto que o escândalo das juntas médicas da CGA tivesse terminado. Oxalá não venhamos a ter, brevemente, mais uma notícia nos jornais idêntica às verificadas há pouco tempo.
Quanto à segunda parte do post, um cidadão nem sabe o que dizer. Falta uma grande vassoura em muitos serviços públicos.
O senhor Provedor da Justiça não se faz ouvir sonoramente?
Eu também nem sei que dizer e por isso pedi ajuda a quem souber.
Segundo me informou o atingido oou vítima, a resposta que teve do Provedor de Justiça (leia-se serviços jurídicos)foi de chutar para o lado. Mas depois diisso já houve duas decisões do Supremo a dar razão a dois casos e só falta mais um para produzir um acórdão vinculativo e o Estado vai ter de se chegar à frente para os que pediram e não pediram com retroactivos.É assim o Estado de Direito.
Ribeiro da Cunha:
Quanto à CGA tem de ser feita uma auditoria urgente e saber o que se passa.
É vergonhoso como estes senhores actuam.
Mandar trabalhar pessoas com cancro é inadmíssivel.
Eu até cheguei a por em dúvida que isto acontecesse no meu País depois do senhorPrimeiro Ministro tomar decisões.
O senhor primeiro ministro anda muito ocupado a distribuir computadores para as Novas Oportunidades. Por isso é que estamos em 7º. lugar no ranking do e-governement. E não se pode ter tudo, não é?
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