TINHAMOS RAZÃO.O DEBATE ESTÁ ABERTO.
Fernando Gomes reclama regiões
Fernando Gomes regressa à vida política e defende a regionalização
Carla Soares(jn)
Fernando Gomes quebrou, ontem, o silêncio que tem mantido sobre a vida política para reclamar a criação de regiões administrativas, reforma da qual foi, por ocasião do primeiro referendo, um dos mais ferrenhos defensores.O ex-autarca e actual administrador da Galp moderou um dos debates integrados na segunda "Universidade de Verão" do PS/Porto, em Gaia, sobre parcerias regionais, mas reservou a sua intervenção inicial para a defesa da criação de regiões administrativas em Portugal, reforma que, na sua opinião, já deveria estar no terreno.Tomando como mote as recentes declarações do presidente do Comité das Regiões da União Europeia, que instou os estados-membros que ainda não concretizaram a regionalização a avançar nesse sentido, Fernando Gomes notou que "o tema se tornou agora mais actual". Neste momento, afirmou o socialista, a medida é "secundada por figuras do PSD que, há anos atrás, não eram adeptos" daquele modelo de desenvolvimento.
Referendo em 2010"Falar de regiões é sempre um tema aliciante", comentou ainda o ex-autarca, que, desde que assumiu o cargo de administrador da Galp, tem recusado falar desta reforma. "Esperemos que um dia se concretize", atirou Gomes, para quem a "boa vontade" não basta. E "era bom" que já "estivesse no terreno".No debate que moderou, participaram dois defensores da regionalização, o deputado galego Abel Losada Alvarez e o socialista Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN). Gomes falou dos "dois participantes escolhidos", afirmando que o primeiro "tem a experiência vivida no seu país" e o segundo "debate permanentemente a regionalização", colocando-a na agenda nacional. Carlos Lage, ressalvou Gomes, é presidente "daquilo que desejamos que seja o embrião" de uma região administrativa nortenha.Se, no debate, Carlos Lage voltou a defender que o novo referendo se faça em 2010, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, disse, à margem da iniciativa, que concorda que a consulta popular não deve passar daquele ano. "Concordo com Carlos Lage em que o referendo não pode passar de 2010", disse o dirigente distrital. E, "até para que se realize naquele prazo, tem de ser muito bem preparado"."O PS já decidiu a estratégia, com a qual estou de acordo. O modelo será o das cinco regiões-plano e, nesta legislatura, será preparado o referendo para que ele se possa realizar na próxima", destacou Renato Sampaio. No contexto, considera obrigatória nova consulta. E "o PS não pode correr o risco de, sendo um partido regionalista, sobretudo a Norte, perder este segundo referendo", apelou o líder distrital.Quanto à "Universidade de Verão", cujas intervenções estarão, amanhã, disponíveis no "YouTube", apontou para "um PS mais qualificado".
Fernando Gomes regressa à vida política e defende a regionalização
Carla Soares(jn)
Fernando Gomes quebrou, ontem, o silêncio que tem mantido sobre a vida política para reclamar a criação de regiões administrativas, reforma da qual foi, por ocasião do primeiro referendo, um dos mais ferrenhos defensores.O ex-autarca e actual administrador da Galp moderou um dos debates integrados na segunda "Universidade de Verão" do PS/Porto, em Gaia, sobre parcerias regionais, mas reservou a sua intervenção inicial para a defesa da criação de regiões administrativas em Portugal, reforma que, na sua opinião, já deveria estar no terreno.Tomando como mote as recentes declarações do presidente do Comité das Regiões da União Europeia, que instou os estados-membros que ainda não concretizaram a regionalização a avançar nesse sentido, Fernando Gomes notou que "o tema se tornou agora mais actual". Neste momento, afirmou o socialista, a medida é "secundada por figuras do PSD que, há anos atrás, não eram adeptos" daquele modelo de desenvolvimento.
Referendo em 2010"Falar de regiões é sempre um tema aliciante", comentou ainda o ex-autarca, que, desde que assumiu o cargo de administrador da Galp, tem recusado falar desta reforma. "Esperemos que um dia se concretize", atirou Gomes, para quem a "boa vontade" não basta. E "era bom" que já "estivesse no terreno".No debate que moderou, participaram dois defensores da regionalização, o deputado galego Abel Losada Alvarez e o socialista Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN). Gomes falou dos "dois participantes escolhidos", afirmando que o primeiro "tem a experiência vivida no seu país" e o segundo "debate permanentemente a regionalização", colocando-a na agenda nacional. Carlos Lage, ressalvou Gomes, é presidente "daquilo que desejamos que seja o embrião" de uma região administrativa nortenha.Se, no debate, Carlos Lage voltou a defender que o novo referendo se faça em 2010, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, disse, à margem da iniciativa, que concorda que a consulta popular não deve passar daquele ano. "Concordo com Carlos Lage em que o referendo não pode passar de 2010", disse o dirigente distrital. E, "até para que se realize naquele prazo, tem de ser muito bem preparado"."O PS já decidiu a estratégia, com a qual estou de acordo. O modelo será o das cinco regiões-plano e, nesta legislatura, será preparado o referendo para que ele se possa realizar na próxima", destacou Renato Sampaio. No contexto, considera obrigatória nova consulta. E "o PS não pode correr o risco de, sendo um partido regionalista, sobretudo a Norte, perder este segundo referendo", apelou o líder distrital.Quanto à "Universidade de Verão", cujas intervenções estarão, amanhã, disponíveis no "YouTube", apontou para "um PS mais qualificado".
A BLOGOSFERA, OS MOVIMENTOS DE CIDADÃOS, PERSONALIDADES DE VÁRIOS QUADRANTES E OS PARTIDOS POLÍTICOS JÁ COLOCARAM NA AGENDA MEDIÁTICA A DISCUSSÃO DA REGIONALIZAÇÃO. ENGANA-SE QUEM PENSAR QUE ESTA REFORMA ADMINISTRATIVA PODE SER BANDEIRA ELEITORAL DESTE OU DAQUELE PARTIDO.
É UMA PROFUNDA ALTERAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DO PAÍS. PARA QUE TENHA SUCESSO É OBRIGATÓRIO FALAR E OUVIR OS ELEITORES. É PRECISO ANALISAR PRÓS E CONTRAS. É PRECISO DEFINIR CUSTOS/BENEFÍCIOS. É OBRIGATÓRIO DESCENTRALIZAR JÁ.
Os erros cometidos no anterior referendo não podem repetir-se. A discussão tem de ser séria, aberta e profunda. Não haverá acordos de "capela" e campanhas de faz de conta. Os cidadãos têm de assumir como sua a Regionalizaçao. Cada pessoa conta. Esclarecer é uma obrigação para que cada um assuma as suas responsabilidades.
São três os factores principais para que o referendo se realize com êxito:
1º. - Ganhar os cidadãos para a necessidade da Regionalização
2º. - Alterar a Legislação para que a vitória do SIM não esbarre nas armadilhas da Lei.
3º. - Avançar com total abertura, sem preconceitos e com realismo.
Fixar enquadramentos partidários, definir modelos, negar resultados, como os que acima são referidos no artigo JN, nao me parecem benéficos para uma discussão séria e abrangente.
Quando se diz:
"O PS já definiu a estratégia";
"O Modelo sao 5 regiões";
"O PS não pode perder o referendo".
É um mau começo e pode prejudicar a discussão. O PS e os seus dirigentes têm de partir para este debate de peito aberto e sem reservas mentais. O PS tem de dizer o que quer e o que defende. O PS tem de saber ouvir os militantes e os cidadãos em geral. O PS tem de apresentar o seu projecto com verdade e sem malabarismos. O PS não marca datas de referendo, porque é uma competência do senhor Presidente da República. É diferente propor ou exigir.
Não sou ainda, como já aqui afirmei, um defensor incondicional da Regionalização. Já fui. Agora
preciso que me convençam, preto no branco, que a proposta que será apresentada a referendo é a que melhor serve o País e os cidadãos.
Carlos Pinto
7 comentários:
Era inevitável e ainda bem.
Só questiono o porquê, de só agora.
Por arrastamento?
Por estratégia?
Por oportunismo?
Seja qual for a razão, estão lançados os dados,afinal mais rápido do que eu previa. Só espero que a iniciativa do Vimaraperes não seja "abocanhada" pela última das hipótses.
Acho que este "sinal"deve servir de aviso.
Com a "comução" esqueci de assinar.Não sou anónimo sou
Coelho dos Santos
Peço desculpa - "ressalvo" comoção.
Meu caro Coelho dos Santos:
O OPORTUNISMO só se instala quando nós deixamos.
Dei o meu contributo sério e sem tabus.
Que outros mais capazes e com mais experiência avancem para o terreno que eu estarei na primeira linha, colocando as dúvidas que ainda tenho.
Da conversa nasce a luz.
Da discussão a razão.
Vammos aisso.
É erro meu, ou o "problema" da Regionalização era só para ser colocado na próxima legislatura? É para já? Acho bem.
Era só para começar na próxima legislatura.
Mas como VimaraPeres e o 4ª Dimensão avançaram o tema e alguns Blogs e o JN também, o ministro Nunes Correia sexta-feira disse que é para já a discussão e o Porto/Distrital já antecipou.
Muito folgo em saber que que há quem tenha olhos e ouvidos e os utilize.
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