AINDA HÁ JORNALISTAS ESCLARECIDOS E ISENTOS. UM TAL CRESPO DA SICN DEVIA REFLECTIR DO QUE TEM FEITO OS ÚLTIMOS TEMPOS AO PS E À SUA GENTE.
O CHAMADO CASO JORGE COELHO João Marcelino
A escolha de Jorge Coelho para presidir à Mota-Engil é um caso simples de apreciar para quem não esteja de má-fé ou não queira fazer chicana política. Primeiro, é uma escolha legítima de uma empresa privada. E nestas quem manda, e quem corre riscos, são os respectivos accionistas. Segundo, Jorge Coelho está há sete anos fora do Governo, onde tutelou a pasta das Obras Públicas, até à tragédia de Entre-os-Rios, na sequência da qual se demitiu. Sete anos é, obviamente, um período mais do que suficiente para fazer terminar qualquer incompatibilidade. Pretender o contrário seria condenar a política a tornar-se, cada vez mais, palco de medíocres profissionais e oportunistas encartados. Terceiro, o cidadão Jorge Coelho tem todo o direito a ganhar a vida como qualquer outro e isso passa, como é óbvio, por rentabilizar a sua experiência, os seus contactos, o seu know-how. Aquilo que faz abrir a boca de escândalo aos oportunistas da palavra é precisamente aquilo que deveria ser mais pacífico. Toda a gente sabe que o magnata dos media Rupert Murdoch contratou o ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar para trabalhar o mercado da língua espanhola, sobretudo o da América Latina, onde agora quer lançar a versão espanhola da Fox News. Os ex-governantes mais mediáticos do mundo global vivem, e enriquecem, a dar conferências, ou seja, a comunicarem saberes e experiências que adquiriram depois de um dia terem merecido a confiança dos eleitores. Ainda agora foi público que nos últimos anos o casal Clinton ganhou mais de 14 milhões de contos a falar obviamente do que aprendeu, percorrendo o mundo, enquanto esteve na Casa Branca.Estes movimentos da área do Governo para a do mercado do trabalho são normais e só devem ter duas balizas. Uma de ordem moral: a pessoa em causa foi ou não um bom servidor público? Outra de natureza legal: passou ou não o tempo necessário para que esse cidadão já não esteja na posse de informação considerada privilegiada ou mesmo confidencial?No caso de Jorge Coelho as pessoas são livres de pensar o que quiserem quanto à primeira alínea, mas só o Bloco de Esquerda pode achar que sete anos não são suficientes para devolver um cidadão ao mercado de trabalho, ao mundo dos negócios, ao zelo pelo bem-estar pessoal e dos seus e à realização profissional. Só uma concepção totalitária do mundo e a vontade de fazer política à conta de tudo e de todos pode justificar o ataque que durante uma semana, em vários meios, alvejou Jorge Coelho. Num programa de televisão vi mesmo duas pessoas de ar tresloucado a pedir aos jornalistas, de quem dizem ter sido colegas, que investigassem as decisões do ex-ministro há sete anos! Ora, como não deve haver nenhum ministro de Obras Públicas que não tenha, durante o seu mandato, concessionado várias empreitadas àquela que hoje é a maior construtora nacional, a prova da malfeitoria estaria produzida.O cúmulo da hipocrisia neste caso manifestou-se nas "preocupações" quanto à possibilidade de, no futuro, a empresa de construção Mota-Engil vir a ser penalizada por, precisamente, vir a ganhar concursos já tendo Jorge Coelho como líder. Este já não pretende ser apenas um insulto a Jorge Coelho. É, genericamente, um insulto à inteligência de todos nós.Ângelo Correia lançou esta semana o ataque mais incómodo a Luís Filipe Menezes. Ao considerar "totalmente insatisfatória a situação" no PSD, também ele, que foi um dos principais apoiantes do líder, mostrou desconforto pelo actual momento do partido. Ângelo Correia juntou-se ao fórum dos que questionam a qualidade do aspirante a primeiro-ministro e que começam a convergir na tese de Alberto João Jardim: Menezes tem até ao princípio de 2009 para provar que pode ganhar eleições. Não foi por acaso, portanto, que Cadilhe apareceu, logo a seguir, a equilibrar.
A escolha de Jorge Coelho para presidir à Mota-Engil é um caso simples de apreciar para quem não esteja de má-fé ou não queira fazer chicana política. Primeiro, é uma escolha legítima de uma empresa privada. E nestas quem manda, e quem corre riscos, são os respectivos accionistas. Segundo, Jorge Coelho está há sete anos fora do Governo, onde tutelou a pasta das Obras Públicas, até à tragédia de Entre-os-Rios, na sequência da qual se demitiu. Sete anos é, obviamente, um período mais do que suficiente para fazer terminar qualquer incompatibilidade. Pretender o contrário seria condenar a política a tornar-se, cada vez mais, palco de medíocres profissionais e oportunistas encartados. Terceiro, o cidadão Jorge Coelho tem todo o direito a ganhar a vida como qualquer outro e isso passa, como é óbvio, por rentabilizar a sua experiência, os seus contactos, o seu know-how. Aquilo que faz abrir a boca de escândalo aos oportunistas da palavra é precisamente aquilo que deveria ser mais pacífico. Toda a gente sabe que o magnata dos media Rupert Murdoch contratou o ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar para trabalhar o mercado da língua espanhola, sobretudo o da América Latina, onde agora quer lançar a versão espanhola da Fox News. Os ex-governantes mais mediáticos do mundo global vivem, e enriquecem, a dar conferências, ou seja, a comunicarem saberes e experiências que adquiriram depois de um dia terem merecido a confiança dos eleitores. Ainda agora foi público que nos últimos anos o casal Clinton ganhou mais de 14 milhões de contos a falar obviamente do que aprendeu, percorrendo o mundo, enquanto esteve na Casa Branca.Estes movimentos da área do Governo para a do mercado do trabalho são normais e só devem ter duas balizas. Uma de ordem moral: a pessoa em causa foi ou não um bom servidor público? Outra de natureza legal: passou ou não o tempo necessário para que esse cidadão já não esteja na posse de informação considerada privilegiada ou mesmo confidencial?No caso de Jorge Coelho as pessoas são livres de pensar o que quiserem quanto à primeira alínea, mas só o Bloco de Esquerda pode achar que sete anos não são suficientes para devolver um cidadão ao mercado de trabalho, ao mundo dos negócios, ao zelo pelo bem-estar pessoal e dos seus e à realização profissional. Só uma concepção totalitária do mundo e a vontade de fazer política à conta de tudo e de todos pode justificar o ataque que durante uma semana, em vários meios, alvejou Jorge Coelho. Num programa de televisão vi mesmo duas pessoas de ar tresloucado a pedir aos jornalistas, de quem dizem ter sido colegas, que investigassem as decisões do ex-ministro há sete anos! Ora, como não deve haver nenhum ministro de Obras Públicas que não tenha, durante o seu mandato, concessionado várias empreitadas àquela que hoje é a maior construtora nacional, a prova da malfeitoria estaria produzida.O cúmulo da hipocrisia neste caso manifestou-se nas "preocupações" quanto à possibilidade de, no futuro, a empresa de construção Mota-Engil vir a ser penalizada por, precisamente, vir a ganhar concursos já tendo Jorge Coelho como líder. Este já não pretende ser apenas um insulto a Jorge Coelho. É, genericamente, um insulto à inteligência de todos nós.Ângelo Correia lançou esta semana o ataque mais incómodo a Luís Filipe Menezes. Ao considerar "totalmente insatisfatória a situação" no PSD, também ele, que foi um dos principais apoiantes do líder, mostrou desconforto pelo actual momento do partido. Ângelo Correia juntou-se ao fórum dos que questionam a qualidade do aspirante a primeiro-ministro e que começam a convergir na tese de Alberto João Jardim: Menezes tem até ao princípio de 2009 para provar que pode ganhar eleições. Não foi por acaso, portanto, que Cadilhe apareceu, logo a seguir, a equilibrar.
1 comentário:
Eu talvez não esteja muito longe da verdade...
Allô...Allô...daqui soMAGUE...Diga se me escuta...
Quanto aos 7 anos de actividade depois de Ministro...não falo...nem tenho nada a ver com isso...
A vida dele é publica...CHEGA dizer isto...!!!???
Saudações de esquerda
Olhar atento*militante de esquerda
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