Obama: O discurso de vitória
05.11.2008 - 20h24
Boa noite, Chicago. Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.Esta vitória é vossa.E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.Sim, podemos.América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América
15 comentários:
Pois Carlos Pinto:
Todos saudamos um TRATADO...pelo menos para não termos uma Europa tratada como "VELHA" pelo "Bush"...e dar mais coesão POLITICA aos olhos do Mundo...
depois apontas logo várias e urgentes questões a tratar...
Quem vai resolver?
1)Politicas Socialistas?
2)Politicas tendencialmente Socialistas?
3)Politicas Liberais?
4)Politicas Liberais tendencialmente
Socialistas?
5)Politicas Neoliberais?
6)Politicas Democrata/cristãs?
7)Politicas Democrata/Cristãs tendencialmente Liberais?
8)Terceiras Vias?
Ou vamos meter todos lá dentro...
Eu não me pronunciarei sem ter elementos concretos, sem meias palavras nem entrelinhas.
Ah! e estou a pensar no REFERENDO..
Abraço
Olhar Atento*
Olhar atento*
O Referendo já foi. Nem como prenda no sapatinho. O senhor PR não quer e o Comissãrio também não.
Mas até lá vamos vêr as políticas.
A Europa não pode continuar sentada.
A política é a arte da negociação.
As questões urgente é que me preocupam.
Não foi por acaso que Soares Foi à SICN e fez o artigo deopinião s/ a esquerda na Europa. O acordo é muito importante para o Presidente ou antes para os Presidentes, mas a substância e a discussão política que vem a seguir é que conta.
Que Europa vamos ter?
Os recados foram bem enviados.
Então o ZIG-ZAG que se está a fazer
é só para entreter...
Obrigado Carlos Pinto pelo teu atento comentário:
AH! já percebi..Depois vai dizer-se..
BOM... referendar seria uma Constituição...
Isto não é UMA CONSTITUIÇÂO;
NEM UM TRATADO CONSTITUCIONAL...
é um simplex... é só REFORMADOR...
É isso? HUUUMMMM
GRANDE MOMENTO HISTÓRICO...
salvo calar o "BUSH" e mostrar Coesão Politica...
Pode ser que o Petróleo agora baixe... e venha salvar o previsto no Orçamento..(75USD)
Abraço
Olhar Atento*
A construção da Europa tem de ser uma vontade colectiva. O seu ritmo não depende só dos políticos, mas sobretudo da adesão dos europeus. Os políticos têm a obrigação de suscitar os avanços quando tenham a percepção que as mudanças têm condições de acolhimento.O tratado Constitucional foi rejeitado porque a opinião pública ainda não estava preparada para ele.Os políticos estariam,mas o método de aprovação por referendo foi um erro.O referendo deve apenas ser utilizado para questões de fácil compreensão. Aceitaria um referendo que perguntasse se os portugueses querem continuar na União europeia, mas, já discordo de um referendo para ratificação de um Tratado que a maioria desconhece e que mesmo que se quisesse explicar, não seria de fácil apreeensão pelo cidadão comum.Deixemos de ser demagogos e tenhamos fé na democracia representativa, porque tendo defeitos, continua a ser o melhor e mais democrático e responsável sistema político.
O Primeiro-Ministro José Sócrates
PRONTO.
ESTOU ESCLARECIDO!!
NÃO QUERO OUVIR FALAR MAIS EM REFERENDO SOBRE A CONSTITUIÇÃO EUROPEIA..OU TRATADO CONSTITUCIONAL...OU AGORA O SEU SIMPLEX... TRATADO REFORMADOR..
A OPINIÃO PÚBLICA NÃO ESTAVA PREPARADA PARA O REFERENDO, MAS OS POLITICOS SIM.
O POVO É ESTÚPIDO E SÓ OS POLITICOS ENTENDEM ESTE TRATADO HISTÓRICO.
O REFERENDO DEVE SER UTILIZADO PARA COISAS DE FÁCIL COMPREENSÃO.
exs:
1)CONCORDA CONTINUAR NA UNIÃO EUROPEIA REGIDA POR UM TRATADO QUE NÃO CONHECE?
2)CONCORDA COM A SUBIDA DE IMPOSTOS PARA BAIXAR O DEFICE?
3)CONCORDA COM AUMENTO DA IDADE DA REFORMA PARA SUSTENTABILIDADE DA SEUGANÇA SOCIAL?
4)CONCORDA QUE O SNS DEVE PASSAR A SER TENDENCIONALMENTE GRATUITO?
5)CONCORDA COM A CRIAÇÃO DE 150.000 POSTOS DE TRABALHO?
6)CONCORDA COM OS PROJECTOS PIN DEVEM SER APROVADOS SEM RESERVAS E DAR BENEFICIOS FISCAIS, SEM SABER QUAIS AO CERTO?
7) CONCORDA COM APOIOS ÁS PME'S?
8) CONCORDA COM OS NIVEIS DE POBREZA EM PORTUGAL QUE ATÉ ENVERGONHAM O PR?
9)CONCORDA COM O CORTE DE APOIOS AOS ATL'S EM BAIRROS DE RISCO?
10)CONCORDA COM A IRRADICAÇÃO DA FOME EM PORTUGAL?
11) CONCORDA COM A REGIONALIZAÇÃO?
É DENTRO DISTO NÃO É?
ENTENDIDO.
OBRIGADO RAUL DE BRITO.
Saudações Democráticas e muito Socialistas
olhar atento*(militante)
Claro que se entende que a frase " O primeiro-Ministro José Sócrates" está a mais.
Raul Brito
Att.Olhar Atento
Com o devido respeito:-acha que vai haver assim tantas políticas para resolver?...ou é um simples jogo de palavras.Mas admitindo que não seja, não concorda que,com todas lá dentro e bem misturadas,não sairá do saco nada que se aproveite?
Sinceramente acho,que se está a exigir muito do povo,povo e não,no povo que"mais ordena", para que decida por quem tem,por que lhe foi dada,também pelo povo,a legitimidade para o fazer? -trocando isto em miúdos: Não lhe parece que por este andar se pode correr o risco de se estar a vulgarizar o referendo,retirando-lhe o sentido
objectivo do acto,transformando-o num tipo de, "poder popular???"
O que me surpreende hoje,é que não
se encara esta coisa do tratado dos agora 27,como sendo a consequência natural do que foi a nossa entrada neste "jogo". Se vamos ganhar ou perder,só no tempo, saberemos.
Não podemos fugir à realidade da Europa ser velha, porque o é realmente e não nos devemos sentir ofendidos por ela ser assim tratada
Pelo Bush. Mas o que é engraçado é que o camarada soube dar a resposta
exacta. Para Bush e para o Mundo,só
a COESÃO.
Por isso,comungo da preocupação do Carlos Pinto e do pensamento do Raul Brito,pese embora também entender a sua relutância em aceitar os argumentos.
A brincar ou a sério que o diga, muitas das perguntas que colocou no questionário,pode ter a certeza que muito boa gente,não saberia a resposta. E não era por estupidez.
Um abraço.
CS
Bom Camaradas,
Isto é como as cerejas.
Ainda bem.
Pensava ir para a cama,são 6h43 e passei a revisitar os comentários e verifico que o Raul Brito rectificou o final do seu comentário que fez nesta noticia postada pelo Carlos Pinto.
SAUDO O TRATADO REFORMADOR.
retirando o que poderia ser entendido como texto ou palavras do Primeiro Ministro.
Mas eu Raul, como já te respondi ao artigo que postate,e porque o texto é identico ou quase textualmente o mesmo, não altero uma virgula ao que disse aqui como
PRONTO
ESTOU ESCLARECIDO.
porque faço intencionalmente perguntas de fácil compreensão de PROMESSAS FEITAS e não CUMPRIDAS.
Não que elas mereçam objectivamente um referendo, quando muito deveriam permitir a queda de qualquer Governo.
Complementei mais o meu comentário no teu artigo postado.
Abraço
Olhar atento* militante
Caro Coelho dos Santos:
Eu comentei a noticia do Carlos Pinto..postada na página..
SAUDO O TRATADO REFORMADOR..
e entre outras considerações o Carlos Pinto apontas logo várias e Urgentes questões a tratar...
veja a noticia dele por Favor.
E como nós estamos a tratar com uma atenção especial a questão da Esquerda na Europa.. eu perguntei, com uma ponta de "ironia"
Quem vai resolver, e enumerei várias tendências, reais, que existem na Europa, que era de 15 e AGORA 27...
paises emergentes de Leste..quase todos.
a que o Carlos Pinto que não perde tempo, de imediato disse:
QUE EUROPA VAMOS TER, a proposito de Mario Soares e sua ida a SICN.
Ele, Mario Soares sabe bem que a coisa não vai ser fácil e que a Europa não pode ficar sentada na boa fé da Democracia representativa..
tem de agir..e agora com TRATADO..
Agora, levanta uma questão muito GIRA sabe e muito pertinente.
A legitimidade dada pelo voto popular, a quem os representa, logo poder decidir, não anula as questões que a Constituição pode levantar como impedimentos dessas decisões dos Governos e que a Lei do referendo regula, depois de analisadas e discutidas em Parlamento.
A questão GIRA é que o Referendo naõ é mais nem menos do que devolver "ao povo" pelo voto
"o seu poder"
Dai a figura do refrendo estar instituida.
A questão é vulgarizar ou não?.
Aí claramente não.
Agora quando se prometo referendo por se entender, caso TRATADO, que pode interferir com interesses Nacionais, de soberania, defesa ou outros...
PROMETE,...CUMPRE..
Coelho dos Santos, eu aceito os argumentos, mas para chegar a uma SINTESE, eu tenho que conhecer bem a TESE.
e a antitese que me é proposta pelo Raul é a boa Fé na Democracia representativa..
Ora isto não me chega.
O Carlos Pinto avança com mais alguma coisa, embora nada palpável..
veja, quando ele diz, verdadeiramente certo entretanto..
A POLITICA É A ARTE DA NEGOCIAÇÃO e antes
A EUROPA NÃO PODE FICAR SENTADA..
qual a substancias das antiteses?..
Sempre com Amizade
e solidariedade
olhar atento*militante
Depois de alguma reflexão,aceitei o seu repto,porque entendo que é da discussão que "nasce a luz"e esta,não se fixa só num lado.
1-Assim,começo por lhe dizer que li atentamente a noticia do Carlos Pinto e sobre as questões várias e urgentes que realça,pergunto:
a)Entende-as como uma novidade?
b)Não acha hoje,que algumas poderiam ter sido clarificadas, se no tempo, tivesse havido menos acomodação e mais percepção. -É que o presente, não se lhes punha.
2-Por muito que se atente nas questões da Esquerda na Europa e quem as vai resolver,acho que nas circunstâncias actuais nenhum Estado e muito menos nenhuma família política,está em condições,
neste momento,de prever a Europa que vamos ter. Considero que, para consumo caseiro,possamos sonhar com preferências que podem ser pensadas e discutidas,apesar de se prever que elas já estejam definidas.
3-Acredito que Mário Soares, quando assinou nossa adesão,não lhe passava pela cabeça,nem aos outros,
a rápida transformação da Europa.
Sendo ele um defensor acérrimo da democracia representativa e confrontado hoje com a realidade europeia,julgo que nada mais e de diferente poderia ter dito.
Tanto ele como nós, até podemos perspectivar,mas daí até certeza da Europa que vamos ter...?
4-Quanto à legitimidade do voto popular,nos termos em que a põe,totalmente de acordo. Só não entendo é como um tratado que é Europeu e simplesmente reformador possa,conter matérias susceptíveis de contrariar a Constituição de cada país membro.Mesmo admitindo que a nossa seja "beliscada" em algum ponto,acredito na sensatez do Governo e na ponderação da AR.
5-Sem querer,antecipei-me a Solana, que casualmente deu a conhecer a tese que o pode ajudar a chegar à síntese,porque, quanto à antítese que encontra no artigo do Raul não a comento,porque entendo que a interpretação,está sempre no sentido que cada um lhe dá,mesmo sendo contraditória.
6-Permita-me duas perguntas,para duas respostas sinceras;
-Para si, a Europa pode ou não ficar sentada?
-Para si,a política é ou não a arte da negociação?
No que se refere á substância das antíteses,não sei responder,porque no contexto, sinceramente que não a encontro.
Como nunca fui seguidista de nada nem de ninguém,para mim o simples facto de haver ou não referendo, nada acrescenta ou retira ao povo o poder...,de dizer SIM ou NÃO.
Reconhecido pela sua deferência,uma saudação fraterna e solidária.
CS
A POLÉMICA É SEMPRE SAUDÁVEL.
E quando transmitida com esta profundidade, começo a pensar que não devo escrever tanto.
Temos gente que me pode substituir com mais probidade e mais exigência na matéria. Não é que eu não seja honrado e tenha honra de colaborar neste BLOG, que pode ser a pedrada no charco pantanoso. Que não tenha moral e ética nos posts que publico.
Mas o que li nestes últimos dias, temos gente que pode fazer muito melhor.
Ao pé dos meus amigos e camaradas sou um aprendiz.
Levantei problemas?
Coloquei questões?
Falei do que não devia?
Não foi a voz do militante que se levantou, é a voz do cidadão consciente da sociedade que estamos a deixar criar para os nossos filhos e netos. É a voz de um socialista democrático que não se envergonha de o ser em parte alguma.
É ainda a voz de um militante de há mais de trinta anos com esperança na mudança e na vontade dos homens e das mulheres de Portugal que começam a fazer perguntas e a colocar questões.
Como dizia Vasco Lourenço e eu subscrevo: "NÃO FOI PARA ISTO QUE FIZEMOS O 25 DE ABRIL" Se a Democracia e a Descolonização se cumpriram, o Desenvolvimento está muito longe de atingir o razoável. Com dois milhões de concidadãos no limiar da pobreza ou na pobreza extrema, com 2/3 de pobres, os velhos 1/3 e pasme-se EMPREGADOS 1/3, tenho a obrigação de dizer: ESTOU INDIGNADO!
Meu caro CAMARADA e BOM AMIGO carlos pinto.
Agrada-me a tua modéstia, mas não exageres assim tanto. Pela parte que me toca sensibiliza-me o elogio que que dispensas à minha conivência nas conspirações "prosaicas" que ambos vimos alimentando,não sei precisamente desde quando,mas tenho ideia que começou quando eras o secretário coordenador da FDP,com sede na Prçª Marquês do Pombal. Já lá vão uns anos. Mas foram compensadores.
Foi quando a FRATERNIDADE a SOLIDARIEDADE e a IGUALDADE tiveram mais sentido e em que a LIBERDADE de pensamento e de acção,eram as características,que caracterizavam os caracteres,de então.
E o teu comentário é o exemplo mais demonstrativo disto mesmo.
Peço-te que não encares isto como bajulação,que tomaria a mal, mas somente uma constatação de alguém que teve o privilégio de te ter conhecido e acompanhado,desde essa altura.Sei que permites que nesta referência,inclua os CAMARADAS Raul Brito,Fernando Andrade,Orlando Magalhães,Antero e tantos outros, que também merecem ser incluídos no sentir do teu comentário.
És realmente assim. E por seres realmente assim é és merecedor de todo o respeito e solidariedade que muitos dispensam .A tua sinceridade e a tua frontalidade,não são novas,daí a razão pela qual exijo, s/aspas,que te mantenhas igual a ti próprio. E para ter a certeza disto, tenho de continuar a "ler" os teus pensamentos.
Saudações Socialistas.
CS
Camaradas
estou a colocar esta mensagem em todos os comentários
VEJAM MARAVILHOSA NOTICIA DE UM PS ACTIVO NO POST
TEMOS QUE AGUARDAR
Saudações Socialistas
olhar atento*
Camarada Carlos Coelho:
No seu 1º Comentário nesta página SAUDO O TRATADO REFORMADOR, que também saudei, perguntava, ,ais directamente a mim:
- Acha que vai haver assim tantas "POLITICAS" para resolver? ou é simples jogo de palavras...
Eu peço desculpa, mas não me fiz entender..
Eu não me referia a POLITICAS em concreto sobre as quais é necessário...URGENTEMENTE ter em atenção e agir...e que o Carlos Pinto levou..
- O Desemprego
- A Fome
- A Europa Politica
- Os problemas da Globalização
- A reforma do FMI
- Banco Mundial e BCE
- A OMC
- As guerras e a instabilidade no
médio Oriente
referindo até, e muito bem, que o TRATADO não é varinha Mágica.
A emnumeração que fiz sobre quem as vai resolver, referia-me a "Familias Politicas" ou se quizer Tendência Politicas.
Tudo quanto o Carlos Pinto levantou, embora, na minha modesta opinião a Europa e/ou TRATADO nalgumas das questões não podem ser interferir, já que são autonomas nas suas competências e decisões,exemplo BCE,(infelizmente)
Espero ter clarificado.
Com isto já lhe respondi ao seu ponto 1), reiterando-lhe que não novidade nenhuma, bem pelo contrário, são velhas questões.
Quanto a se estas questões
(colocadas pelo Carlos) poderiam ser "clarificadas" se não tivesse havido "acomodação" e mais "percepção", eu teria que saber em que "tempo" a que se está a referir.
Estaremos a falar dos mesmos descuidos, a que alguns destacados responsáveis do partido Socialista não estão isentos de culpa?
2)Nenhum estado está em condições
de as resolver, muito menos
nenhuma Familia politica está
em condições de prever que
Europa vamos ter.
Eu diria, assim como está definida a EUROPA, com mais mais ou menos Estados, o TRATADO agora acordado, que não conhecemos no seu contexto GLOBAL, tem respostas para as Politicas (?) dos Estados e por consequencia para todos os cidadãos
Por isso há certezas que Europa vamos ter e politicas a seguir que o TRATADO nos vai impor.
Levantam-se no entanto dúvidas é da forma como foram concertadas as Politicas e a sua implicação em cada Estado Mambro.
Daí a necessidade de esclarecimento
daí a necessidade do verdadeiro
debate politico e que não aleguem
e continuem a levantar o frágil
argumento da complexidade do
TRATADO.
Espero que não tenha duvidas do
momento HISTÒRICO de Lisboa e da Coesão Europeia!
3)Não coloco Mário Soares dentro do
pacote de Politicos sem VISÃO DE FUTURO, embora possa ter tido alguns lapsos enquanto 1º Ministro
A Adesão no momemto crucial em que foi feita é um dos muitos exemplos senão o MAIOR exemplo.
4)Sobre esta matéria por
favor veja o que modestamente disse no artigo
da Paula Esteves e ficará
esclarecido.
Aliás, eu limito-me a citar
declarações de politicos sobre
este assunto.
Mas, não é falta sua, é a forma
como está estruturado este Blog.
Falamos muitas vezes de coisas,
sem sabermos que já estão
comentadas noutros posts.
Peço desculpa mas não vou
repetir novamente aqui.
5)As declarações se Solana, após
o Primeiro Ministro falar no
Parlamento Europeu, foram
percipitadas, com ar de graça,
digo-lhe que ele deveria ter
telefonado ao António Vitorino
(declarações que o Carlos Pinto
já postou e evitaria de cair no
ridiculo.
Uma coisa é o que ele pensa
outra bem difente é a realidade
que se vive em cada estado
membro (politicamente falando)
E também evitaria a sua
observação quanto a antecipações
6)Pode ou não a Europa ficar
sentada?
Respondo sem hesitar...NÃO
A situação em que todos nós
nos encontramos.
Responderia mais o segunite
não foi o Coelho dos Santos
que relembrou ao Carlos Pinto
dos bons tempos em que a
FRATERNIDADE, SOLIDARIEDADE e
IGUALDADE era mais importante
e tiveram mais sentido e em que
LIBERDADE de pensamento e de
accção, eram as caracteristicas
que caracterizavam os CARACTERES
de então.
Acha que respiramos em Portugal
e na Europa esse sentimentos
tão nobres em Democracia?
Por ultimo se para mim a
Politica é ou não uma Arte de
negociação?
Hoje em dia há muitas formas de
adjectivar as "formas" de fazer
Politica,no dialogo entre
Direita e Esquerda (dominantes)
Aceito em TESE todas desde que
a SINTESE final se traduza nos
Ideias da Esquerda Socialista
unica defensora da DISTRIBUIÇÃO
sucintamente falando, em
contraste dos ideais que
enveredam pela REDISTRIBUIÇÃO.
Sria longa uma outra explicação
Coelho dos Santos, mas veja onde
encaixa
Fraternidade
Solidariedade
Igualdade
sem nunca perder as Liberdades
individuais.
Vejo entretanto a "cumplicidade"
reciproca entre o Coelho dos
Santos e o Carlos Pinto, desde
há muito anos e que eu VI e SENTI
Desvendar um pouco do mistério
deste olhar atento.
Toneladas de material publicitário
que levantei para várias Campanhas
no MARQUES..
nada mais do que isto.
Eu sei que não chega, mas...
Saudações Socialistas
olhar atento*
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