ALEGRE COM AS ESQUERDAS - SOCIALISMO E ESQUERDA
Alegre
'A minha lealdade é para com os que passam momentos difíceis'
Alegre triunfou no comício das esquerdas. Bloquistas, renovadores, comunistas e vários socialistas aplaudiram o discurso do deputado «contra o capitalismo». Alegre atacou o Governo, deu resposta aos dirigentes do PS e, à margem da sua intervenção, prometeu que no futuro vai «encher muito mais salas e as ruas»
O mesmo Manuel Alegre que tinha dividido os partidos da esquerda nas presidenciais foi aclamado por toda a direcção do BE, por comunistas renovadores e pelo ‘povo de Abril’ que encheu duas vezes o Teatro da Trindade.
Metade ficou na rua ou numa sala em que seguiu por um écran o comício-festa «Aqui e Agora», que no início de Junho comemorou «Abril e Maio» e deixou o PS em sobressalto. «Nunca 500 pessoas incomodaram tanta gente», brincaria o vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro, que actuou antes dos discursos.
Alegre foi o último a subir ao palco, mas antes seria entrevistado pelas televisões, num insólito momento, durante um «intervalo técnico» no comício-festa. Era ele o protagonista da noite e desde o começo não defraudou a audiência.
«Estamos a quebrar um tabu: o de que as esquerdas não podem reunir-se», disse, suscitando os aplausos iniciais. Contra «o que é ditado pelos bem-pensantes», Alegre mandou o primeiro recado: «Estamos a mostrar que podemos estar com quem quisermos».
Os destinatários foram os dirigentes do PS que haviam comparado a comparência de Alegre num comício da Oposição de Esquerda ao Governo com um acto de traição.
Afirmando que não tem «uma agenda escondida», lembrou os portugueses que vivem na pobreza e no desemprego, devido às políticas neo-liberais e desafiou:
«A minha lealdade é com esses portugueses que passam momentos difíceis que votaram socialista e agora estão desempregados». A sala levantou-se para ovacionar o deputado do PS.
Alegre demarcou «a fronteira entre a esquerda e a direita». Para quem é de esquerda «A pobreza não é uma fatalidade nem é culpa dos pobres».
«As contas públicas foram consolidadas e o que mudou na vida das pessoas?», questionou, para depois eleger o «défice social» como o que interessa combater.
Na parte mais ideológica da intervenção, Alegre disse que o sentido da iniciativa era o de «dizer essas palavras» como «esquerda» e «socialismo» que não podiam ser proibidas. E, em jeito de manifesto, proclamou: «Contra o capitalismo! De novo o socialismo, contra a Direita!»
Alegre fez a defesa do Estado social e intervencionista, apoiou os funcionários públicos e os professores e disse que o neo-liberalismo «é uma escolha ideológica» ditada pelo FMI e pela UE. «A História não acabou».
Feito o diagnóstico, passou aos objectivos para o futuro. «É tempo de somar Esquerda à Esquerda». Esse é «um caminho» para ser feito «custe a quem custar, doa a quem doer», desafiou.
No caso de a direcção do PS ainda não ter entendido, rematou: «Nunca precisei de pedir licença a ninguém para estar com quem me apetece estar». Foi a apoteose final, com Alegre aplaudido de pé.
A festa de quase toda a Esquerda
Se no Teatro da Trindade esteve representada quase toda a esquerda (a nomenclatura do PCP não foi convidada), era evidente a presença massiva dos dirigentes do BE.
Francisco Louçã, na primeira fila da plateia, Miguel Portas, Fernando Rosas, Helena Pinto, Ana Drago e quase toda Comissão Política bloquista marcaram presença. O BE era também o organizador do comício-festa: os seus assessores asseguraram a logística.
Coube ao deputado José Soeiro ser o primeiro orador da noite. Num discurso sobre a pobreza e a precariedade, deu como exemplo das injustiças das políticas neo-liberais a situação de Madalena, uma empregada de limpeza do Banco Millenium BCP.
«Não trabalha para o BCP, mas como temporária numa empresa de limpezas. Ganha 2,42 euros à hora. É verdade, no mesmo banco que desbaratou milhões em prémios milionários para premiar a evasão fiscal», disse, exibindo um recibo de ordenado.
O deputado do BE, com 23 anos, era aliás um dos mais jovens na sala. Uma boa parte da assistência tinha idade para ter festejado todos os 34 aniversários do 25 de Abril e do 1.º de Maio, o pretexto afinal para a festa.
O socialista José Leitão, a autarca Helena Roseta (ex-PS), o tarrafalista Edmundo Pedro, o capitão de Abril José Luís Cardoso, os comunistas renovadores Paulo Fidalgo, Paulo Sucena, o vereador eleito pelo BE José Sá Fernandes foram outras figuras no Teatro da Trindade.
Uma presença notada foi a do ex-presidente da câmara de Setúbal Carlos Sousa, afastado do lugar pelo PCP.
Uma frente de esquerda que promete novas iniciativas. Manuel Alegre, depois do discurso, foi cumprimentar os que tinham seguido as suas palavras por vídeo, noutra sala, assegurando que no futuro iriam «encher juntos muito mais salas e as ruas».
'A minha lealdade é para com os que passam momentos difíceis'
Alegre triunfou no comício das esquerdas. Bloquistas, renovadores, comunistas e vários socialistas aplaudiram o discurso do deputado «contra o capitalismo». Alegre atacou o Governo, deu resposta aos dirigentes do PS e, à margem da sua intervenção, prometeu que no futuro vai «encher muito mais salas e as ruas»
O mesmo Manuel Alegre que tinha dividido os partidos da esquerda nas presidenciais foi aclamado por toda a direcção do BE, por comunistas renovadores e pelo ‘povo de Abril’ que encheu duas vezes o Teatro da Trindade.
Metade ficou na rua ou numa sala em que seguiu por um écran o comício-festa «Aqui e Agora», que no início de Junho comemorou «Abril e Maio» e deixou o PS em sobressalto. «Nunca 500 pessoas incomodaram tanta gente», brincaria o vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro, que actuou antes dos discursos.
Alegre foi o último a subir ao palco, mas antes seria entrevistado pelas televisões, num insólito momento, durante um «intervalo técnico» no comício-festa. Era ele o protagonista da noite e desde o começo não defraudou a audiência.
«Estamos a quebrar um tabu: o de que as esquerdas não podem reunir-se», disse, suscitando os aplausos iniciais. Contra «o que é ditado pelos bem-pensantes», Alegre mandou o primeiro recado: «Estamos a mostrar que podemos estar com quem quisermos».
Os destinatários foram os dirigentes do PS que haviam comparado a comparência de Alegre num comício da Oposição de Esquerda ao Governo com um acto de traição.
Afirmando que não tem «uma agenda escondida», lembrou os portugueses que vivem na pobreza e no desemprego, devido às políticas neo-liberais e desafiou:
«A minha lealdade é com esses portugueses que passam momentos difíceis que votaram socialista e agora estão desempregados». A sala levantou-se para ovacionar o deputado do PS.
Alegre demarcou «a fronteira entre a esquerda e a direita». Para quem é de esquerda «A pobreza não é uma fatalidade nem é culpa dos pobres».
«As contas públicas foram consolidadas e o que mudou na vida das pessoas?», questionou, para depois eleger o «défice social» como o que interessa combater.
Na parte mais ideológica da intervenção, Alegre disse que o sentido da iniciativa era o de «dizer essas palavras» como «esquerda» e «socialismo» que não podiam ser proibidas. E, em jeito de manifesto, proclamou: «Contra o capitalismo! De novo o socialismo, contra a Direita!»
Alegre fez a defesa do Estado social e intervencionista, apoiou os funcionários públicos e os professores e disse que o neo-liberalismo «é uma escolha ideológica» ditada pelo FMI e pela UE. «A História não acabou».
Feito o diagnóstico, passou aos objectivos para o futuro. «É tempo de somar Esquerda à Esquerda». Esse é «um caminho» para ser feito «custe a quem custar, doa a quem doer», desafiou.
No caso de a direcção do PS ainda não ter entendido, rematou: «Nunca precisei de pedir licença a ninguém para estar com quem me apetece estar». Foi a apoteose final, com Alegre aplaudido de pé.
A festa de quase toda a Esquerda
Se no Teatro da Trindade esteve representada quase toda a esquerda (a nomenclatura do PCP não foi convidada), era evidente a presença massiva dos dirigentes do BE.
Francisco Louçã, na primeira fila da plateia, Miguel Portas, Fernando Rosas, Helena Pinto, Ana Drago e quase toda Comissão Política bloquista marcaram presença. O BE era também o organizador do comício-festa: os seus assessores asseguraram a logística.
Coube ao deputado José Soeiro ser o primeiro orador da noite. Num discurso sobre a pobreza e a precariedade, deu como exemplo das injustiças das políticas neo-liberais a situação de Madalena, uma empregada de limpeza do Banco Millenium BCP.
«Não trabalha para o BCP, mas como temporária numa empresa de limpezas. Ganha 2,42 euros à hora. É verdade, no mesmo banco que desbaratou milhões em prémios milionários para premiar a evasão fiscal», disse, exibindo um recibo de ordenado.
O deputado do BE, com 23 anos, era aliás um dos mais jovens na sala. Uma boa parte da assistência tinha idade para ter festejado todos os 34 aniversários do 25 de Abril e do 1.º de Maio, o pretexto afinal para a festa.
O socialista José Leitão, a autarca Helena Roseta (ex-PS), o tarrafalista Edmundo Pedro, o capitão de Abril José Luís Cardoso, os comunistas renovadores Paulo Fidalgo, Paulo Sucena, o vereador eleito pelo BE José Sá Fernandes foram outras figuras no Teatro da Trindade.
Uma presença notada foi a do ex-presidente da câmara de Setúbal Carlos Sousa, afastado do lugar pelo PCP.
Uma frente de esquerda que promete novas iniciativas. Manuel Alegre, depois do discurso, foi cumprimentar os que tinham seguido as suas palavras por vídeo, noutra sala, assegurando que no futuro iriam «encher juntos muito mais salas e as ruas».
1 comentário:
Bom DIA, Boa TARDE ou Boa NOITE...
Carlos...
Ao ler o teu Post, como se estivesse a ver aquele ENCONTRO das ESQUERDAS, fiquei com os cabelos pior que o Albert Einstein...mas em todo o corpo...
A Energia que me transmitiu deu nisto...
Aliás, quando fala Manuel Alegre dá sempre nisto...
Agora imagina a cena....aqui no meio dos meus colegas de trabalho...
Já dei um grito de UAAAUUUUUUU...
Vou registar este POST para sempre do meu consciente...tenho medo dos neurónios...com tanta carga energética!!!!
Mas carreguei outra Bateria...O CORAÇÃO...
BEM HAJAS....LOGO PELA MANHÃ...BEM BOM...
Nota:
Agora lembrei-me das DOCE's...perdoe-se este apontamento..
Ah! por falar em DOCES....há muito tempo que não temos o prazer de ter connosco a nossa Cara (perdoe..) Amiga Paula Esteves...
Também nos dá muita energia e muita reflexão os seu textos...
Fica aqui um recado para ela...ou vem depressa ou sai Poesia...e talvez fosse oportuno agora...não???
Nota Final:
Aquela do trabalhador precário do BCP, foi mesmo de partir a Cana...ou só uma simples Canelada!!!???
Abraço Camarada
Abraço a Todos...
Saudações
Olhar atento* com a Esquerda...
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