EUA - os candidatos falam da vida privada sem complexos
Mc Cain e Obama fazem confissões na televisão
Presidenciais americanas. No primeiro encontro desde que ambos foram designados candidatos, Barack Obama e John McCain falaram das suas posições sobre o aborto e os casamentos entre homossexuais. O fórum numa megaigreja da Califórnia foi um piscar de olho à direita conservadora
Foi o primeiro abraço entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain desde que ambos foram designados pelos respectivos partidos como candidatos à Casa Branca. O palco foi um fórum religioso na mega-igreja de Saddleback, em Lake Forest na Califórnia, onde ambos foram entrevistados à vez pelo reverendo Rick Warren. Nesta confissão pública, cujo objectivo claro era conquistar o voto da direita religiosa, Obama admitiu que ter experimentado drogas na juventude foi o seu maior erro, enquanto McCain escolheu o fracasso do primeiro casamento como a sua grande falha.Sem gravata e visivelmente descontraído, Obama foi o primeiro a sentar-se à secretária com Warren. Inquirido pelo pastor sobre os seus maiores pecados, o candidato democrata disse: "O meu maior pecado foi o egoísmo. Na juventude, experimentei drogas e álcool porque só pensava em mim." Episódios que aliás já referira na sua autobiografia de 1995 Dreams from my Father. Uma hora depois foi a vez de McCain passar pelo "confessionário" de Warren. Casado em segundas núpcias com a ex-miss Arizona e milionária Cindy Hensley, o candidato republicano admitiu que o fracasso do primeiro casamento foi a sua maior falha. McCain era casado com Carol Shepp quando foi combater para o Vietname como piloto de guerra. Na ausência do marido, Carol teve um acidente que a deixou desfigurada. Quando este regressou, depois de cinco anos prisioneiro dos vietnamitas, preferiu apostar na carreira militar e política, iniciando uma relação extraconjugal com Cindy. Além das suas vidas privadas, os candidatos falaram ainda sobre assuntos que dizem muitos aos cristãos, como o aborto ou o casamento entre homossexuais. Num fórum que lhe deu oportunidade de provar que esclarecer algumas dúvidas - como as que persistem sobre o facto de ser ou não muçulmano -, Obama admitiu ser a favor do aborto, mas prometeu limitar o direito da mulher a interromper a gravidez se esta estiver em estado avançado. Uma medida que reconheceu ir ser considerada "desadequada" pelos que se definem como pró-vida. Já McCain, que se opõe ao aborto, voltou a afirmar a sua posição, garantindo que "os direitos humanos começam no momento em que o óvulo é fertilizado". Quanto aos casamentos entre homossexuais, ambos os candidatos fizeram questão de sublinhar que este tipo de união deve acontecer entre um homem e uma mulher. Mas Obama disse apoiar o direito às uniões de facto para casais do mesmo sexo. Apesar de as suas posições estarem mais próximas dos cristãos evangélicos - que ajudaram o Presidente George W. Bush a obter a reeleição em 2004 -, McCain parece muitas vezes pouco à vontade quando se trata de falar sobre a sua fé. Educado como episcopaliano, frequenta uma Igreja baptista. Obama não se cansa de recordar como descobriu a fé com a comunidade desfavorecida de Chicago, nos anos 80.
Presidenciais americanas. No primeiro encontro desde que ambos foram designados candidatos, Barack Obama e John McCain falaram das suas posições sobre o aborto e os casamentos entre homossexuais. O fórum numa megaigreja da Califórnia foi um piscar de olho à direita conservadora
Foi o primeiro abraço entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain desde que ambos foram designados pelos respectivos partidos como candidatos à Casa Branca. O palco foi um fórum religioso na mega-igreja de Saddleback, em Lake Forest na Califórnia, onde ambos foram entrevistados à vez pelo reverendo Rick Warren. Nesta confissão pública, cujo objectivo claro era conquistar o voto da direita religiosa, Obama admitiu que ter experimentado drogas na juventude foi o seu maior erro, enquanto McCain escolheu o fracasso do primeiro casamento como a sua grande falha.Sem gravata e visivelmente descontraído, Obama foi o primeiro a sentar-se à secretária com Warren. Inquirido pelo pastor sobre os seus maiores pecados, o candidato democrata disse: "O meu maior pecado foi o egoísmo. Na juventude, experimentei drogas e álcool porque só pensava em mim." Episódios que aliás já referira na sua autobiografia de 1995 Dreams from my Father. Uma hora depois foi a vez de McCain passar pelo "confessionário" de Warren. Casado em segundas núpcias com a ex-miss Arizona e milionária Cindy Hensley, o candidato republicano admitiu que o fracasso do primeiro casamento foi a sua maior falha. McCain era casado com Carol Shepp quando foi combater para o Vietname como piloto de guerra. Na ausência do marido, Carol teve um acidente que a deixou desfigurada. Quando este regressou, depois de cinco anos prisioneiro dos vietnamitas, preferiu apostar na carreira militar e política, iniciando uma relação extraconjugal com Cindy. Além das suas vidas privadas, os candidatos falaram ainda sobre assuntos que dizem muitos aos cristãos, como o aborto ou o casamento entre homossexuais. Num fórum que lhe deu oportunidade de provar que esclarecer algumas dúvidas - como as que persistem sobre o facto de ser ou não muçulmano -, Obama admitiu ser a favor do aborto, mas prometeu limitar o direito da mulher a interromper a gravidez se esta estiver em estado avançado. Uma medida que reconheceu ir ser considerada "desadequada" pelos que se definem como pró-vida. Já McCain, que se opõe ao aborto, voltou a afirmar a sua posição, garantindo que "os direitos humanos começam no momento em que o óvulo é fertilizado". Quanto aos casamentos entre homossexuais, ambos os candidatos fizeram questão de sublinhar que este tipo de união deve acontecer entre um homem e uma mulher. Mas Obama disse apoiar o direito às uniões de facto para casais do mesmo sexo. Apesar de as suas posições estarem mais próximas dos cristãos evangélicos - que ajudaram o Presidente George W. Bush a obter a reeleição em 2004 -, McCain parece muitas vezes pouco à vontade quando se trata de falar sobre a sua fé. Educado como episcopaliano, frequenta uma Igreja baptista. Obama não se cansa de recordar como descobriu a fé com a comunidade desfavorecida de Chicago, nos anos 80.
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